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Crise aberta pelas falas de Valdemar Costa Neto sobre o golpe expõe tensões no bolsonarismo e evidencia o jogo do presidente do PL: explorar a força eleitoral do ex-presidente, mas mantendo-o sob rédea curta, enquanto amplia bancadas e o dinheiro da legenda The post Ultradireita: o PL já não é tão fiel a Bolsonaro appeared first on Outras Palavras.
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Publicação fortalece lei aprovada em 2023 que inscreveu o líder quilombola na memória oficial do Rio Grande do Sul O post Deputada Laura Sito lança livro que resgata a trajetória de Manoel Padeiro, primeiro herói negro gaúcho apareceu primeiro em Brasil de Fato.

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Evento conta com programação diversa e vai até o dia 24 de setembro O post 3º Seminário de Pesquisas Negras inicia nesta quarta-feira (17) em Porto Alegre apareceu primeiro em Brasil de Fato.

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Em apenas sete anos, a Polícia Federal (PF) determinou o fechamento de ao menos 1.176 empresas clandestinas de segurança privada. O combate às companhias não autorizadas também resultou em 26 prisões em flagrante e na apreensão de 46 armas de diferentes calibres. As informações fornecidas a pedido da Agência Brasil indicam que, entre 2017 e 2024, 3.358 empresas de segurança privada foram alvo da fiscalização da PF apenas no âmbito da Operação Segurança Legal. Ou seja, cerca de 35% das firmas visitadas no período não tinham autorização para funcionar. Os números seriam ainda maiores se, em 2020, a pandemia de Covid-19 não tivesse impedido a PF de realizar a operação, que ocorre em âmbito nacional, desde 2017. Por outro lado, em 2019, a operação foi deflagrada em duas ocasiões diferentes - justamente para intensificar a fiscalização. <img src="/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif" data-echo="https://imagens.ebc.com.br/E-h-4lOUcZyCdnzKmKP3llBgtg0=/754x0/smart/https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/2025/09/15/tabela_policia_federal.jpg?itok=vHDaugV8" alt="Brasília (DF), 15/09/2025 – Desde 2017, a Polícia Federal realiza, em âmbito nacional, a Operação Segurança Legal, já tendo deflagrado, até 2024, oito edições, com o objetivo de reprimir a atuação de empresas não autorizadas (clandestinas). Os principais resultados obtidos ao longo dessas operações são os seguintes. Tabela Polícia Federal" title="Tabela Polícia Federal"> <img src="https://imagens.ebc.com.br/E-h-4lOUcZyCdnzKmKP3llBgtg0=/754x0/smart/https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/2025/09/15/tabela_policia_federal.jpg?itok=vHDaugV8" alt="Brasília (DF), 15/09/2025 – Desde 2017, a Polícia Federal realiza, em âmbito nacional, a Operação Segurança Legal, já tendo deflagrado, até 2024, oito edições, com o objetivo de reprimir a atuação de empresas não autorizadas (clandestinas). Os principais resultados obtidos ao longo dessas operações são os seguintes. Tabela Polícia Federal" title="Tabela Polícia Federal"> No Brasil, somente empresas de segurança privada autorizadas pela PF podem prestar serviços e contratar vigilantes. Segundo a instituição, a contratação de serviços clandestinos representa risco à integridade física das pessoas e ao patrimônio dos contratantes. Isso porque, em geral, as companhias não cumprem os requisitos legais mínimos para se regularizarem. Além disso, seus funcionários não passam pelo crivo da PF, responsável por verificar os antecedentes criminais, a formação e as aptidões física e psicológica dos seguranças terceirizados. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Vice-presidente da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist), o advogado Ivan Hermano Filho considera que o dado, preliminar, corresponde à realidade que a entidade observa em todo o país. “Este mercado tem as empresas regulares, corretas, que funcionam direitinho. E um universo muito grande de empresas clandestinas que são, normalmente, as que são fechadas”, disse Hermano, explicando que, entre os CNPJs cancelados, há desde empresas irregulares com vários funcionários e bem equipadas, até aquelas constituídas por uma única pessoa que faz um bico de segurança sem dispor da mínima estrutura. “Muitas vezes, são aqueles homens e mulheres que você vê nas portas de algumas farmácias, supermercados e de outros estabelecimentos comerciais usando uma camiseta com inscrições como Controlador de Risco, Prevenção de Perdas, Apoio, Suporte ou até mesmo Segurança”, acrescentou Hermano. O advogado ainda destacou que, desde setembro do ano passado, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o Estatuto da Segurança Privada e da Segurança das Instituições Financeiras, todas as atividades por ele citadas passaram a ser consideradas como de segurança, dependentes da autorização da PF. “Esta é uma mudança legislativa muito importante e que, quando regulamentada, terá um impacto nas ações da PF, que agora tem um embasamento legal muito mais claro para agir com rigor”, comentou o representante da Fenavist. “Até então, a legislação brasileira deixava claro que a atribuição da PF era fiscalizar empresas de segurança legalmente constituídas. Então, algumas empresas autuadas e fechadas recorriam ao Poder Judiciário alegando que não eram, efetivamente, empresas de segurança. E com este argumento, muitas vezes, elas obtinham liminares judiciais que lhes permitiam continuar operando sem autorização da PF”, destacou Hermano. Ele lembra que o novo estatuto prevê a aplicação de multa não apenas às empresas clandestinas, mas também a quem contratá-las ou organizarem serviços irregulares, além de tipificar como crime a atuação clandestina armada. “A nova lei criminaliza, inclusive, ações como, por exemplo, um policial que utilize sua arma funcional para trabalhar como segurança privada. Isso, agora, é crime”, finalizou Hermano.
Em apenas sete anos, a Polícia Federal (PF) determinou o fechamento de ao menos 1.176 empresas clandestinas de segurança privada. O combate às companhias não autorizadas também resultou em 26 prisões em flagrante e na apreensão de 46 armas de diferentes calibres. As informações fornecidas a pedido da Agência Brasil indicam que, entre 2017 e 2024, 3.358 empresas de segurança privada foram alvo da fiscalização da PF apenas no âmbito da Operação Segurança Legal. Ou seja, cerca de 35% das firmas visitadas no período não tinham autorização para funcionar. Os números seriam ainda maiores se, em 2020, a pandemia de Covid-19 não tivesse impedido a PF de realizar a operação, que ocorre em âmbito nacional, desde 2017. Por outro lado, em 2019, a operação foi deflagrada em duas ocasiões diferentes - justamente para intensificar a fiscalização. <img src="/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif" data-echo="https://imagens.ebc.com.br/E-h-4lOUcZyCdnzKmKP3llBgtg0=/754x0/smart/https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/2025/09/15/tabela_policia_federal.jpg?itok=vHDaugV8" alt="Brasília (DF), 15/09/2025 – Desde 2017, a Polícia Federal realiza, em âmbito nacional, a Operação Segurança Legal, já tendo deflagrado, até 2024, oito edições, com o objetivo de reprimir a atuação de empresas não autorizadas (clandestinas). Os principais resultados obtidos ao longo dessas operações são os seguintes. Tabela Polícia Federal" title="Tabela Polícia Federal"> <img src="https://imagens.ebc.com.br/E-h-4lOUcZyCdnzKmKP3llBgtg0=/754x0/smart/https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/2025/09/15/tabela_policia_federal.jpg?itok=vHDaugV8" alt="Brasília (DF), 15/09/2025 – Desde 2017, a Polícia Federal realiza, em âmbito nacional, a Operação Segurança Legal, já tendo deflagrado, até 2024, oito edições, com o objetivo de reprimir a atuação de empresas não autorizadas (clandestinas). Os principais resultados obtidos ao longo dessas operações são os seguintes. Tabela Polícia Federal" title="Tabela Polícia Federal"> No Brasil, somente empresas de segurança privada autorizadas pela PF podem prestar serviços e contratar vigilantes. Segundo a instituição, a contratação de serviços clandestinos representa risco à integridade física das pessoas e ao patrimônio dos contratantes. Isso porque, em geral, as companhias não cumprem os requisitos legais mínimos para se regularizarem. Além disso, seus funcionários não passam pelo crivo da PF, responsável por verificar os antecedentes criminais, a formação e as aptidões física e psicológica dos seguranças terceirizados. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Vice-presidente da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist), o advogado Ivan Hermano Filho considera que o dado, preliminar, corresponde à realidade que a entidade observa em todo o país. “Este mercado tem as empresas regulares, corretas, que funcionam direitinho. E um universo muito grande de empresas clandestinas que são, normalmente, as que são fechadas”, disse Hermano, explicando que, entre os CNPJs cancelados, há desde empresas irregulares com vários funcionários e bem equipadas, até aquelas constituídas por uma única pessoa que faz um bico de segurança sem dispor da mínima estrutura. “Muitas vezes, são aqueles homens e mulheres que você vê nas portas de algumas farmácias, supermercados e de outros estabelecimentos comerciais usando uma camiseta com inscrições como Controlador de Risco, Prevenção de Perdas, Apoio, Suporte ou até mesmo Segurança”, acrescentou Hermano. O advogado ainda destacou que, desde setembro do ano passado, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o Estatuto da Segurança Privada e da Segurança das Instituições Financeiras, todas as atividades por ele citadas passaram a ser consideradas como de segurança, dependentes da autorização da PF. “Esta é uma mudança legislativa muito importante e que, quando regulamentada, terá um impacto nas ações da PF, que agora tem um embasamento legal muito mais claro para agir com rigor”, comentou o representante da Fenavist. “Até então, a legislação brasileira deixava claro que a atribuição da PF era fiscalizar empresas de segurança legalmente constituídas. Então, algumas empresas autuadas e fechadas recorriam ao Poder Judiciário alegando que não eram, efetivamente, empresas de segurança. E com este argumento, muitas vezes, elas obtinham liminares judiciais que lhes permitiam continuar operando sem autorização da PF”, destacou Hermano. Ele lembra que o novo estatuto prevê a aplicação de multa não apenas às empresas clandestinas, mas também a quem contratá-las ou organizarem serviços irregulares, além de tipificar como crime a atuação clandestina armada. “A nova lei criminaliza, inclusive, ações como, por exemplo, um policial que utilize sua arma funcional para trabalhar como segurança privada. Isso, agora, é crime”, finalizou Hermano.
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O deputado pediu à embaixada dos EUA o cancelamento de vistos de críticos a Donald Trump como Felipe Neto O post Nikolas mira críticos dos EUA e pede cancelamento de vistos para mobilizar base da extrema direita apareceu primeiro em Brasil de Fato.

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Os portos brasileiros registraram, em julho, o maior volume mensal de cargas da história, com 124,7 milhões de toneladas transportadas, sendo 73% de navegação de longa distância - exportação e importação - e 20% de cabotagem - entre portos brasileiros. Nos primeiros sete meses do ano, os portos atingiram 780,4 milhões de toneladas de cargas, volume 1,76% maior do que o registrado no mesmo período de 2024. Notícias relacionadas: Rio São Francisco terá nova hidrovia para transporte de cargas ao NE. Movimento nos aeroportos brasileiros cresce 10% em 2025. Porto de Santos vive corrida de exportadores antes de tarifas dos EUA. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, reafirmou que o governo federal tem atuado com a finalidade de ampliar as concessões e fortalecer a infraestrutura nacional. “Temos como foco garantir segurança jurídica e atrair novos investimentos. Essa política, liderada pelo presidente Lula, vem aumentando a capacidade dos portos e fortalecendo as exportações do Brasil”, afirmou em nota. De acordo com Sílvio Costa Filho, “a ampliação da capacidade de nossos portos é fundamental para a economia nacional”. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp A principal carga transportada foi de granéis sólidos (minerais e vegetais), com mais de 76,6 milhões de toneladas. Todos os tipos de carga tiveram aumento em julho, em relação aos números registrados no mesmo mês em 2024. “Granéis líquidos [especialmente combustíveis] tiveram um aumento de 6%, enquanto a movimentação de granéis sólidos aumentou quase 4%. O crescimento de carga em contêineres foi de 3% no período e o volume de carga geral foi 0,9% superior ao registrado em julho do ano passado”, informou o ministério.
Os portos brasileiros registraram, em julho, o maior volume mensal de cargas da história, com 124,7 milhões de toneladas transportadas, sendo 73% de navegação de longa distância - exportação e importação - e 20% de cabotagem - entre portos brasileiros. Nos primeiros sete meses do ano, os portos atingiram 780,4 milhões de toneladas de cargas, volume 1,76% maior do que o registrado no mesmo período de 2024. Notícias relacionadas: Rio São Francisco terá nova hidrovia para transporte de cargas ao NE. Movimento nos aeroportos brasileiros cresce 10% em 2025. Porto de Santos vive corrida de exportadores antes de tarifas dos EUA. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, reafirmou que o governo federal tem atuado com a finalidade de ampliar as concessões e fortalecer a infraestrutura nacional. “Temos como foco garantir segurança jurídica e atrair novos investimentos. Essa política, liderada pelo presidente Lula, vem aumentando a capacidade dos portos e fortalecendo as exportações do Brasil”, afirmou em nota. De acordo com Sílvio Costa Filho, “a ampliação da capacidade de nossos portos é fundamental para a economia nacional”. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp A principal carga transportada foi de granéis sólidos (minerais e vegetais), com mais de 76,6 milhões de toneladas. Todos os tipos de carga tiveram aumento em julho, em relação aos números registrados no mesmo mês em 2024. “Granéis líquidos [especialmente combustíveis] tiveram um aumento de 6%, enquanto a movimentação de granéis sólidos aumentou quase 4%. O crescimento de carga em contêineres foi de 3% no período e o volume de carga geral foi 0,9% superior ao registrado em julho do ano passado”, informou o ministério.
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Projeto cultural da Ufrgs promove programação entre setembro e dezembro com música, atividades de formação e diálogos O post Unimúsica abre a série ‘entreluzeiros’ com show de Mateus Aleluia apareceu primeiro em Brasil de Fato.

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Evento acontece em outubro com oito aulas e show gratuito reunindo mestres da percussão O post Fundação Ecarta promove Festival de Percussão com oficinas de instrumentos em Porto Alegre apareceu primeiro em Brasil de Fato.

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Os versos do cordel, a percussão do maracatu e os movimentos frenéticos do frevo levaram a cultura popular de Pernambuco aos palcos principais do MIMO Festival, que foi realizado em Olinda de sexta-feira (12) a domingo (14), após sete anos de temporadas em outras cidades do país e do mundo. O encerramento do evento coincidiu com o Dia Nacional do Frevo, celebrado em 14 de setembro, em homenagem ao nascimento do jornalista Oswaldo da Silva Almeida. A ele é atribuída a criação do nome “frevo”, em reverência à “fervura” que o ritmo provoca. Notícias relacionadas: Catedral de 1540 recebe Edu Lobo na volta do MIMO Festival a Olinda. Último festival brasileiro em que Hermeto tocou, MIMO presta homenagem. O frevo foi reconhecido em 2012 como patrimônio imaterial da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O Grêmio Musical Henrique Dias, primeira escola profissionalizante de músicos de Olinda sem fins lucrativos, fundada há 71 anos, tocou com sua orquestra no palco principal do MIMO, na Praça do Carmo. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp A apresentação foi comandada pelo maestro Lúcio Henrique Vieira da Silva, que é diretor musical, professor de saxofone e também músico formado pela escola, onde entrou com 10 anos, em 1988, e de onde nunca mais saiu: "Só pretendo sair quando houver meu cortejo, e ao som do frevo”. “É uma honra poder mostrar a nossa identidade em um festival com essa grandeza. O frevo olindense é diferente do que é tocado em qualquer outro lugar do mundo”, contou Maestro Lúcio, como é conhecido. “O frevo é forte na época de momo, em janeiro e fevereiro. Mas a ideia da gente é que ele seja forte o ano todo, porque ele é uma música instrumental como qualquer outra.” A apresentação incluiu clássicos da música popular brasileira, como Festa no Interior e Táxi Lunar, e grandes sucessos que ajudaram a divulgar o ritmo do frevo no país e no mundo, como Fogos sem Fuzil e Vassourinhas. Para o maestro, apesar de ser amplamente conhecido pelos brasileiros, o repertório do frevo precisa de renovação e de apoio do poder público. “Aqui na cidade [Olinda], eu posso dizer que, no século passado, houve mais divulgação [do frevo], mais gravações. As rádios faziam gravações nos meses de junho ou maio, e eram divulgadas em janeiro para, no decorrer do ano, estar tocando. Hoje, não existe mais isso. A gente corre com os frevos do século passado nas ruas”, aponta ele. “Que tenham mais composições novas, que tenham mais lançamentos e artistas novos. É preciso um incentivo cultural do governo, vamos supor, com um concurso para compositores. Isso vai enriquecer a cultura, trazer novos pensamentos, novas ideias.” Desde 1954, mais de 2 mil alunos já passaram pelo grêmio, onde hoje eles também recebem aulas de disciplinas regulares da grade escolar, como matemática, português e história. O diretor musical conta que não é difícil atrair jovens que queiram aprender frevo: “Eles são apaixonados. Isso é da cultura da gente mesmo. Eu acho que se o poder público olhasse com bons olhos para nossas ideias, [o frevo] seria muito mais relevante para nossa cultura”. O Dia Nacional do Frevo também não passou despercebido pelo bandolinista Hamilton de Holanda, que se apresentou em trio com o pianista Salomão Soares e o baterista Thiago Big Rabello. Carioca e filho de pernambucanos, Hamilton de Holanda incluiu o frevo em sua apresentação para "homenagear seus ancestrais", destacou. Outro músico que se declarou a Pernambuco foi o cantor e compositor Edu Lobo, que fez o show de abertura do festival, na sexta-feira (12). Lobo também é carioca e filho de pernambucanos e brincou que “nem todo mundo tem essa sorte” ao reconhecer a importância da herança cultural pernambucana que recebeu em casa. Cordel e poesia <img src="/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif" data-echo="https://imagens.ebc.com.br/NeKqAMUrrkDAXYLaweN140FFKX8=/754x0/smart/https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/2025/09/15/lirinha.jpg?itok=AzLD4fo5" alt="Rio de Janeiro (RJ), 15/09/2025 – Poeta Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado, participa de roda de conversa no MIMO Festival Foto: Rogério Von Krüger/MIMO Festival Divulgação" title="Rogério Von Krüger/MIMO Festival Divulgação"> <img src="https://imagens.ebc.com.br/NeKqAMUrrkDAXYLaweN140FFKX8=/754x0/smart/https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/2025/09/15/lirinha.jpg?itok=AzLD4fo5" alt="Rio de Janeiro (RJ), 15/09/2025 – Poeta Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado, participa de roda de conversa no MIMO Festival Foto: Rogério Von Krüger/MIMO Festival Divulgação" title="Rogério Von Krüger/MIMO Festival Divulgação"> Poeta Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado, participa de roda de conversa no MIMO Festival - Rogério Von Krüger/MIMO Festival Divulgação Nascido em uma família de músicos em Arcoverde, no sertão pernambucano, José Paes de Lira Filho, o Lirinha, também dedicou sua passagem pelo MIMO Festival para exaltar a cultura de seu estado e de todo o Nordeste, por meio da declamação de poesias e a teatralidade que marcam o trabalho do grupo Cordel do Fogo Encantado desde a sua fundação. O encerramento da primeira noite do festival marcou o retorno da formação original do grupo, com voz e poesia de Lirinha acompanhadas por Clayton Barros (violão), Emerson Calado (bateria), Rafa Almeida e Nego Henrique (tambores), no espetáculo Palavras para Colorir o Céu. No dia seguinte ao show, Lirinha participou de um bate-papo com o público, mediado pela jornalista e pesquisadora Chris Fuscaldo, em que ressaltou a originalidade e a influência indígena na poesia, no cordel, no repente e na forma de declamar poemas que é tradicional na região. “Por que dizem que é algo que vem do trovadorismo medieval? Por que vem da Península Ibérica? Isso também chegou a outros lugares, mas por que aqui se desenvolveu dessa maneira específica? Hoje, desconfiamos que o grande atravessamento, a grande questão, é uma filosofia muito próxima do perspectivismo [de povos indígenas]”, questionou ele. Para o compositor, escritor e poeta, o cordel nunca viveu um momento de tanta visibilidade quanto o atual. “E para onde ele foi? Foi para a internet”, complementou Lirinha. Segundo ele, o conhecimento acadêmico e o entendimento do cordel enquanto literatura estão avançando por parte de uma nova geração de pesquisadores. “Com a força que a literatura de cordel ganhou, os poetas do repente passaram a dizer que fazem cordel. Tem muita coisa frágil, e é tudo muito recente. São as novas gerações que estão, de fato, estudando isso. Isso está acontecendo agora.” “Essa literatura é testemunho, é prazer e é denúncia”, concluiu o poeta. Maracatu na rua A festa da cultura popular durante o festival não se restringiu aos palcos e ocupou também as ruas. Na tarde de sábado (13), segundo dia do festival, cinco nações de maracatu percorreram as ruas de Olinda e se reuniram diante do palco principal do festival: Maracatu Nação Camaleão, Maracatu Estrela de Olinda, Maracatu Nação Pernambuco, Maracatu Nação Luanda e Maracatu Sol Brilhante. Reconhecido como patrimônio cultural imaterial do Brasil em dezembro de 2014, o Maracatu Nação é uma manifestação popular e carnavalesca da região metropolitana do Recife, em que um cortejo real desfila pelas ruas, acompanhado de um conjunto musical percussivo. Composto majoritariamente por negros, esses grupos resgatam as antigas coroações de reis e rainhas do antigo Congo africano. Neste ano, o governo oficializou candidatura junto à Unesco para que a manifestação cultural também seja reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. <img src="/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif" data-echo="https://imagens.ebc.com.br/3x_VU3bm2a_b-DKUErJJJe5M5WM=/754x0/smart/https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/2025/09/15/maracatu.jpg?itok=nZmFXaYy" alt="Rio de Janeiro (RJ), 15/09/2025 – Nações de Maracatu levaram tradição popular ao MIMO Festival Foto: Rogério Von Krüger/MIMO Festival Divulgação" title="Rogério Von Krüger/MIMO Festival Divulgação"> <img src="https://imagens.ebc.com.br/3x_VU3bm2a_b-DKUErJJJe5M5WM=/754x0/smart/https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/2025/09/15/maracatu.jpg?itok=nZmFXaYy" alt="Rio de Janeiro (RJ), 15/09/2025 – Nações de Maracatu levaram tradição popular ao MIMO Festival Foto: Rogério Von Krüger/MIMO Festival Divulgação" title="Rogério Von Krüger/MIMO Festival Divulgação"> Nações de Maracatu levaram tradição popular ao MIMO Festival - Rogério Von Krüger/MIMO Festival Divulgação Produtora cultural do Maracatu Nação Camaleão e representante da Associação de Maracatus de Olinda (AMO), Katia Luz conta que a organização se mobilizou para estar presente no retorno do MIMO Festival à Olinda, pela oportunidade de fortalecer a relevância e a visibilidade do maracatu. “Pra mim, foi um momento estupendo de felicidade”, resumiu. “As pessoas precisam, o poder público precisa entender que, onde tiver cultura, projetos e festivais, a cultura popular tem que estar presente, não pode ser deixada de lado. Quando disseram ‘o Mimo vai voltar’, eu vi que a gente tinha que estar presente". A apresentação fez parte da preparação das nações de maracatu para o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, quando a AMO pretende fazer uma grande ação com 15 nações de maracatu em Olinda, adiantou Katia Luz. “Agora que o presidente Lula decretou que é feriado nacional [o Dia da Consciência Negra] e sancionou o Dia Nacional do Maracatu [1° de agosto], a gente não pode deixar de fazer isso. O Maracatu é um bem imaterial, e a gente precisa ter esse entendimento. A gente vai estar sempre na luta”, disse Katia. Para a idealizadora e diretora artística do MIMO Festival, Lu Araújo, a cultura pernambucana sempre deu contribuições e esteve presente no MIMO, tanto nas escolhas curatoriais quanto na programação musical. “Talvez faltasse, um pouco mais, trazer para o palco essas tradições, que são fortes, que são valentes, que resistem”, disse a diretora do festival. Ela avaliou como positivo o retorno do público a essa presença. “O público ama, porque o povo pernambucano é muito orgulhoso dessa cultura. Eu falo que, se eu aprendi a ser orgulhosa de mim, do meu festival, eu aprendi com eles. Eles prestigiam, eles se identificam e acho que eles estão muito felizes também de ver isso acontecer no Mimo, num palco em que eles sempre veem grandes nomes”. *O repórter viajou para Olinda a convite da organização do MIMO Festival
Os versos do cordel, a percussão do maracatu e os movimentos frenéticos do frevo levaram a cultura popular de Pernambuco aos palcos principais do MIMO Festival, que foi realizado em Olinda de sexta-feira (12) a domingo (14), após sete anos de temporadas em outras cidades do país e do mundo. O encerramento do evento coincidiu com o Dia Nacional do Frevo, celebrado em 14 de setembro, em homenagem ao nascimento do jornalista Oswaldo da Silva Almeida. A ele é atribuída a criação do nome “frevo”, em reverência à “fervura” que o ritmo provoca. Notícias relacionadas: Catedral de 1540 recebe Edu Lobo na volta do MIMO Festival a Olinda. Último festival brasileiro em que Hermeto tocou, MIMO presta homenagem. O frevo foi reconhecido em 2012 como patrimônio imaterial da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O Grêmio Musical Henrique Dias, primeira escola profissionalizante de músicos de Olinda sem fins lucrativos, fundada há 71 anos, tocou com sua orquestra no palco principal do MIMO, na Praça do Carmo. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp A apresentação foi comandada pelo maestro Lúcio Henrique Vieira da Silva, que é diretor musical, professor de saxofone e também músico formado pela escola, onde entrou com 10 anos, em 1988, e de onde nunca mais saiu: "Só pretendo sair quando houver meu cortejo, e ao som do frevo”. “É uma honra poder mostrar a nossa identidade em um festival com essa grandeza. O frevo olindense é diferente do que é tocado em qualquer outro lugar do mundo”, contou Maestro Lúcio, como é conhecido. “O frevo é forte na época de momo, em janeiro e fevereiro. Mas a ideia da gente é que ele seja forte o ano todo, porque ele é uma música instrumental como qualquer outra.” A apresentação incluiu clássicos da música popular brasileira, como Festa no Interior e Táxi Lunar, e grandes sucessos que ajudaram a divulgar o ritmo do frevo no país e no mundo, como Fogos sem Fuzil e Vassourinhas. Para o maestro, apesar de ser amplamente conhecido pelos brasileiros, o repertório do frevo precisa de renovação e de apoio do poder público. “Aqui na cidade [Olinda], eu posso dizer que, no século passado, houve mais divulgação [do frevo], mais gravações. As rádios faziam gravações nos meses de junho ou maio, e eram divulgadas em janeiro para, no decorrer do ano, estar tocando. Hoje, não existe mais isso. A gente corre com os frevos do século passado nas ruas”, aponta ele. “Que tenham mais composições novas, que tenham mais lançamentos e artistas novos. É preciso um incentivo cultural do governo, vamos supor, com um concurso para compositores. Isso vai enriquecer a cultura, trazer novos pensamentos, novas ideias.” Desde 1954, mais de 2 mil alunos já passaram pelo grêmio, onde hoje eles também recebem aulas de disciplinas regulares da grade escolar, como matemática, português e história. O diretor musical conta que não é difícil atrair jovens que queiram aprender frevo: “Eles são apaixonados. Isso é da cultura da gente mesmo. Eu acho que se o poder público olhasse com bons olhos para nossas ideias, [o frevo] seria muito mais relevante para nossa cultura”. O Dia Nacional do Frevo também não passou despercebido pelo bandolinista Hamilton de Holanda, que se apresentou em trio com o pianista Salomão Soares e o baterista Thiago Big Rabello. Carioca e filho de pernambucanos, Hamilton de Holanda incluiu o frevo em sua apresentação para "homenagear seus ancestrais", destacou. Outro músico que se declarou a Pernambuco foi o cantor e compositor Edu Lobo, que fez o show de abertura do festival, na sexta-feira (12). Lobo também é carioca e filho de pernambucanos e brincou que “nem todo mundo tem essa sorte” ao reconhecer a importância da herança cultural pernambucana que recebeu em casa. Cordel e poesia <img src="/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif" data-echo="https://imagens.ebc.com.br/NeKqAMUrrkDAXYLaweN140FFKX8=/754x0/smart/https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/2025/09/15/lirinha.jpg?itok=AzLD4fo5" alt="Rio de Janeiro (RJ), 15/09/2025 – Poeta Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado, participa de roda de conversa no MIMO Festival Foto: Rogério Von Krüger/MIMO Festival Divulgação" title="Rogério Von Krüger/MIMO Festival Divulgação"> <img src="https://imagens.ebc.com.br/NeKqAMUrrkDAXYLaweN140FFKX8=/754x0/smart/https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/2025/09/15/lirinha.jpg?itok=AzLD4fo5" alt="Rio de Janeiro (RJ), 15/09/2025 – Poeta Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado, participa de roda de conversa no MIMO Festival Foto: Rogério Von Krüger/MIMO Festival Divulgação" title="Rogério Von Krüger/MIMO Festival Divulgação"> Poeta Lirinha, do Cordel do Fogo Encantado, participa de roda de conversa no MIMO Festival - Rogério Von Krüger/MIMO Festival Divulgação Nascido em uma família de músicos em Arcoverde, no sertão pernambucano, José Paes de Lira Filho, o Lirinha, também dedicou sua passagem pelo MIMO Festival para exaltar a cultura de seu estado e de todo o Nordeste, por meio da declamação de poesias e a teatralidade que marcam o trabalho do grupo Cordel do Fogo Encantado desde a sua fundação. O encerramento da primeira noite do festival marcou o retorno da formação original do grupo, com voz e poesia de Lirinha acompanhadas por Clayton Barros (violão), Emerson Calado (bateria), Rafa Almeida e Nego Henrique (tambores), no espetáculo Palavras para Colorir o Céu. No dia seguinte ao show, Lirinha participou de um bate-papo com o público, mediado pela jornalista e pesquisadora Chris Fuscaldo, em que ressaltou a originalidade e a influência indígena na poesia, no cordel, no repente e na forma de declamar poemas que é tradicional na região. “Por que dizem que é algo que vem do trovadorismo medieval? Por que vem da Península Ibérica? Isso também chegou a outros lugares, mas por que aqui se desenvolveu dessa maneira específica? Hoje, desconfiamos que o grande atravessamento, a grande questão, é uma filosofia muito próxima do perspectivismo [de povos indígenas]”, questionou ele. Para o compositor, escritor e poeta, o cordel nunca viveu um momento de tanta visibilidade quanto o atual. “E para onde ele foi? Foi para a internet”, complementou Lirinha. Segundo ele, o conhecimento acadêmico e o entendimento do cordel enquanto literatura estão avançando por parte de uma nova geração de pesquisadores. “Com a força que a literatura de cordel ganhou, os poetas do repente passaram a dizer que fazem cordel. Tem muita coisa frágil, e é tudo muito recente. São as novas gerações que estão, de fato, estudando isso. Isso está acontecendo agora.” “Essa literatura é testemunho, é prazer e é denúncia”, concluiu o poeta. Maracatu na rua A festa da cultura popular durante o festival não se restringiu aos palcos e ocupou também as ruas. Na tarde de sábado (13), segundo dia do festival, cinco nações de maracatu percorreram as ruas de Olinda e se reuniram diante do palco principal do festival: Maracatu Nação Camaleão, Maracatu Estrela de Olinda, Maracatu Nação Pernambuco, Maracatu Nação Luanda e Maracatu Sol Brilhante. Reconhecido como patrimônio cultural imaterial do Brasil em dezembro de 2014, o Maracatu Nação é uma manifestação popular e carnavalesca da região metropolitana do Recife, em que um cortejo real desfila pelas ruas, acompanhado de um conjunto musical percussivo. Composto majoritariamente por negros, esses grupos resgatam as antigas coroações de reis e rainhas do antigo Congo africano. Neste ano, o governo oficializou candidatura junto à Unesco para que a manifestação cultural também seja reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. <img src="/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif" data-echo="https://imagens.ebc.com.br/3x_VU3bm2a_b-DKUErJJJe5M5WM=/754x0/smart/https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/2025/09/15/maracatu.jpg?itok=nZmFXaYy" alt="Rio de Janeiro (RJ), 15/09/2025 – Nações de Maracatu levaram tradição popular ao MIMO Festival Foto: Rogério Von Krüger/MIMO Festival Divulgação" title="Rogério Von Krüger/MIMO Festival Divulgação"> <img src="https://imagens.ebc.com.br/3x_VU3bm2a_b-DKUErJJJe5M5WM=/754x0/smart/https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/2025/09/15/maracatu.jpg?itok=nZmFXaYy" alt="Rio de Janeiro (RJ), 15/09/2025 – Nações de Maracatu levaram tradição popular ao MIMO Festival Foto: Rogério Von Krüger/MIMO Festival Divulgação" title="Rogério Von Krüger/MIMO Festival Divulgação"> Nações de Maracatu levaram tradição popular ao MIMO Festival - Rogério Von Krüger/MIMO Festival Divulgação Produtora cultural do Maracatu Nação Camaleão e representante da Associação de Maracatus de Olinda (AMO), Katia Luz conta que a organização se mobilizou para estar presente no retorno do MIMO Festival à Olinda, pela oportunidade de fortalecer a relevância e a visibilidade do maracatu. “Pra mim, foi um momento estupendo de felicidade”, resumiu. “As pessoas precisam, o poder público precisa entender que, onde tiver cultura, projetos e festivais, a cultura popular tem que estar presente, não pode ser deixada de lado. Quando disseram ‘o Mimo vai voltar’, eu vi que a gente tinha que estar presente". A apresentação fez parte da preparação das nações de maracatu para o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, quando a AMO pretende fazer uma grande ação com 15 nações de maracatu em Olinda, adiantou Katia Luz. “Agora que o presidente Lula decretou que é feriado nacional [o Dia da Consciência Negra] e sancionou o Dia Nacional do Maracatu [1° de agosto], a gente não pode deixar de fazer isso. O Maracatu é um bem imaterial, e a gente precisa ter esse entendimento. A gente vai estar sempre na luta”, disse Katia. Para a idealizadora e diretora artística do MIMO Festival, Lu Araújo, a cultura pernambucana sempre deu contribuições e esteve presente no MIMO, tanto nas escolhas curatoriais quanto na programação musical. “Talvez faltasse, um pouco mais, trazer para o palco essas tradições, que são fortes, que são valentes, que resistem”, disse a diretora do festival. Ela avaliou como positivo o retorno do público a essa presença. “O público ama, porque o povo pernambucano é muito orgulhoso dessa cultura. Eu falo que, se eu aprendi a ser orgulhosa de mim, do meu festival, eu aprendi com eles. Eles prestigiam, eles se identificam e acho que eles estão muito felizes também de ver isso acontecer no Mimo, num palco em que eles sempre veem grandes nomes”. *O repórter viajou para Olinda a convite da organização do MIMO Festival
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Documentário ‘Vozes e Vão’ mergulha nas vivências da juventude quilombola da Chapada dos Veadeiros O post O Cerrado no centro: filme sobre juventude quilombola estreia no Festival Cinema de Brasília apareceu primeiro em Brasil de Fato.

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Mostra CineBH traz mais de 100 filmes em pré-estreias e sessões temáticas gratuitas na capital mineira O post Representante do Brasil no Oscar 2026, ‘O Agente Secreto’ abre mostra em BH na terça-feira (23) apareceu primeiro em Brasil de Fato.

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O cineasta Kleber Mendonça Filho, diretor do filme O Agente Secreto, comemorou a escolha do seu filme para ser o representante do Brasil na disputa por estatuetas do Oscar 2026 – a 98ª edição da premiação, que ocorrerá em 15 de março do ano que vem. O Oscar é considerado a premiação mais tradicional do cinema nos Estados Unidos. O longa-metragem estreia nos cinemas brasileiros em 6 de novembro. O filme brasileiro foi indicado para a disputa de melhor filme internacional. Notícias relacionadas: Filme O Agente Secreto será o representante brasileiro no Oscar 2026. Ainda Estou Aqui vence Oscar de melhor filme estrangeiro. “Nossa campanha começou em maio, no Festival de Cannes [França], e agora segue mais forte ainda. Grande abraço por todo o apoio popular e para o comitê de seleção pela confiança nesse filme que acaba de começar a ser visto no Brasil”, disse Mendonça em nota encaminhada à Agência Brasil. A escolha de O Agente Secreto foi decidida pela Academia Brasileira de Cinema. “Que honra o reconhecimento da Academia Brasileira de Cinema e a indicação para representar o Brasil no Oscar. Estou orgulhosa do filme que fizemos e da nossa trajetória. Trabalharemos muito para levarmos O Agente Secreto o mais longe possível, representando a força do cinema brasileiro e de Pernambuco no mundo”, afirmou a produtora do filme Emilie Lesclaux, Ano fértil O cineasta Walter Salles – que dirigiu Ainda Estou Aqui e venceu o Oscar deste ano com o filme – também celebrou a escolha. “Em primeiro lugar, viva esse ano tão fértil da nossa cinematografia. Justamente neste ano, o cinema brasileiro tem novamente a chance de ter várias indicações ao Oscar.” Salles enfatizou a qualidade do filme, lembrando os prêmios conquistados em Cannes – melhor direção para Kleber Mendonça e melhor ator para Wagner Moura. Ele se disse impactado pela obra. “O Agente Secreto é um grande filme político sobre os anos 70, um thriller, um filme sobre a paternidade e a transmissão, sobre memória e resistência, e também uma carta de amor ao cinema. Essas qualidades indicam que ele terá vida longa. Como bem disse a Nanda [Fernanda Torres], Kléber e Wagner estão em sua plenitude enquanto criadores. Fico muito feliz por eles e pelo cinema brasileiro”, finalizou Salles. Produções <img src="/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif" data-echo="https://imagens.ebc.com.br/X2QKKAijGj0oMSMW4ja0Crw0ljY=/365x0/smart/https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/2025/09/15/wagner_moura01.jpg?itok=WoA5bTIP" alt="Brasília (DF), 15/09/2025 – Ator Wagner Moura. Foto: Nicole Rodrigue/Divulgação" title="Nicole Rodrigue/Divulgação"> <img src="https://imagens.ebc.com.br/X2QKKAijGj0oMSMW4ja0Crw0ljY=/365x0/smart/https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/2025/09/15/wagner_moura01.jpg?itok=WoA5bTIP" alt="Brasília (DF), 15/09/2025 – Ator Wagner Moura. Foto: Nicole Rodrigue/Divulgação" title="Nicole Rodrigue/Divulgação"> O ator Wagner Moura está no elenco de O Agente Secreto, filme escolhido para ser o representante do Brasil no Oscar 2026. Foto: Nicole Rodrigues/Divulgação Antes de O Agente Secreto, Kleber Mendonça dirigiu o documentário Retratos Fantasmas (2023); a ficção distópica Bacurau (2019), codirigido com Juliano Dornelles; Aquarius (2016), estrelado por Sônia Braga; O Som ao Redor (2012) e Crítico (2008). A presença de Wagner Moura no filme reforça a carreira internacional do ator, iniciada no filme norte-americano Elysium (2013) e sempre lembrada pela participação na série da Netflix Narcos (2015–2016), na qual interpretou o traficante Pablo Escobar, o que lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro. Em 2024, ele protagonizou o filme Guerra Civil (EUA, 2024). “Estamos todos muito felizes e gratos com a decisão da Academia [Brasileira de Cinema]. Sobretudo considerando a extraordinária safra de filmes brasileiros que concorreram esse ano. Todos excelentes! Nós agora vamos trabalhar para honrar essa confiança fazendo o melhor que pudermos para representar bem nosso país, nosso cinema, nossa cultura, mundo a fora”, declarou o ator nas redes sociais. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Prefeitura do Recife (@prefeiturarecife)
O cineasta Kleber Mendonça Filho, diretor do filme O Agente Secreto, comemorou a escolha do seu filme para ser o representante do Brasil na disputa por estatuetas do Oscar 2026 – a 98ª edição da premiação, que ocorrerá em 15 de março do ano que vem. O Oscar é considerado a premiação mais tradicional do cinema nos Estados Unidos. O longa-metragem estreia nos cinemas brasileiros em 6 de novembro. O filme brasileiro foi indicado para a disputa de melhor filme internacional. Notícias relacionadas: Filme O Agente Secreto será o representante brasileiro no Oscar 2026. Ainda Estou Aqui vence Oscar de melhor filme estrangeiro. “Nossa campanha começou em maio, no Festival de Cannes [França], e agora segue mais forte ainda. Grande abraço por todo o apoio popular e para o comitê de seleção pela confiança nesse filme que acaba de começar a ser visto no Brasil”, disse Mendonça em nota encaminhada à Agência Brasil. A escolha de O Agente Secreto foi decidida pela Academia Brasileira de Cinema. “Que honra o reconhecimento da Academia Brasileira de Cinema e a indicação para representar o Brasil no Oscar. Estou orgulhosa do filme que fizemos e da nossa trajetória. Trabalharemos muito para levarmos O Agente Secreto o mais longe possível, representando a força do cinema brasileiro e de Pernambuco no mundo”, afirmou a produtora do filme Emilie Lesclaux, Ano fértil O cineasta Walter Salles – que dirigiu Ainda Estou Aqui e venceu o Oscar deste ano com o filme – também celebrou a escolha. “Em primeiro lugar, viva esse ano tão fértil da nossa cinematografia. Justamente neste ano, o cinema brasileiro tem novamente a chance de ter várias indicações ao Oscar.” Salles enfatizou a qualidade do filme, lembrando os prêmios conquistados em Cannes – melhor direção para Kleber Mendonça e melhor ator para Wagner Moura. Ele se disse impactado pela obra. “O Agente Secreto é um grande filme político sobre os anos 70, um thriller, um filme sobre a paternidade e a transmissão, sobre memória e resistência, e também uma carta de amor ao cinema. Essas qualidades indicam que ele terá vida longa. Como bem disse a Nanda [Fernanda Torres], Kléber e Wagner estão em sua plenitude enquanto criadores. Fico muito feliz por eles e pelo cinema brasileiro”, finalizou Salles. Produções <img src="/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif" data-echo="https://imagens.ebc.com.br/X2QKKAijGj0oMSMW4ja0Crw0ljY=/365x0/smart/https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/2025/09/15/wagner_moura01.jpg?itok=WoA5bTIP" alt="Brasília (DF), 15/09/2025 – Ator Wagner Moura. Foto: Nicole Rodrigue/Divulgação" title="Nicole Rodrigue/Divulgação"> <img src="https://imagens.ebc.com.br/X2QKKAijGj0oMSMW4ja0Crw0ljY=/365x0/smart/https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/2025/09/15/wagner_moura01.jpg?itok=WoA5bTIP" alt="Brasília (DF), 15/09/2025 – Ator Wagner Moura. Foto: Nicole Rodrigue/Divulgação" title="Nicole Rodrigue/Divulgação"> O ator Wagner Moura está no elenco de O Agente Secreto, filme escolhido para ser o representante do Brasil no Oscar 2026. Foto: Nicole Rodrigues/Divulgação Antes de O Agente Secreto, Kleber Mendonça dirigiu o documentário Retratos Fantasmas (2023); a ficção distópica Bacurau (2019), codirigido com Juliano Dornelles; Aquarius (2016), estrelado por Sônia Braga; O Som ao Redor (2012) e Crítico (2008). A presença de Wagner Moura no filme reforça a carreira internacional do ator, iniciada no filme norte-americano Elysium (2013) e sempre lembrada pela participação na série da Netflix Narcos (2015–2016), na qual interpretou o traficante Pablo Escobar, o que lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro. Em 2024, ele protagonizou o filme Guerra Civil (EUA, 2024). “Estamos todos muito felizes e gratos com a decisão da Academia [Brasileira de Cinema]. Sobretudo considerando a extraordinária safra de filmes brasileiros que concorreram esse ano. Todos excelentes! Nós agora vamos trabalhar para honrar essa confiança fazendo o melhor que pudermos para representar bem nosso país, nosso cinema, nossa cultura, mundo a fora”, declarou o ator nas redes sociais. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Prefeitura do Recife (@prefeiturarecife)
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A criação de um mercado de carbono para incentivar as empresas a substituírem suas fontes de energia “sujas”, baseada em combustíveis fósseis, para fontes “limpas” ou renováveis, não é capaz de promover a transição energética na velocidade necessária para impedir a catástrofe climática. O alerta é do professor do Instituto de Economia da Unicamp Pedro Paulo Zahluth Bastos, em publicação recente na Phenomenal World, revista de economia política editada em Nova York. Notícias relacionadas: Luta não deve ser para proteger menos o meio ambiente, defende Marina. Presidência da COP30 convida setor privado a integrar agenda de ação. Redução de emissão de carbono será até 2060, mas "no ritmo" da China. Construída nos últimos 30 anos sob coordenação da Organização das Nações Unidas (ONU) e concluída na COP29, em Baku, no Azerbaijão, a proposta do mercado de carbono, segundo o economista, “serviu mais para desviar a discussão do que realmente funcionar no combate à crise climática do que promover soluções significativas”. O economista brasileiro argumenta que o mercado de carbono não é capaz de incentivar a transição energética sem um robusto planejamento estatal para substituição dos combustíveis fósseis. “Os mercados de carbono têm estado no centro da diplomacia multilateralista sobre mudanças climáticas”, mas a solução “aprovada em Baku não resolverá esse problema”, lamenta o especialista. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Mercado de carbono Os defensores do mercado de carbono argumentam que, ao aumentar o custo da emissão de gases do efeito estufa, seja por meio da tributação governamental ou de associações voluntárias, as empresas tenderiam a alterar suas fontes de energia para outras renováveis, acelerando assim a transição energética. O mercado de carbono fixa cotas para emissão de gases do efeito estufa. Com isso, quem emitiu menos do que o permitido ganha créditos, que podem ser vendidos para as empresas que ultrapassaram a meta. O pesquisador Pedro Paulo Zahluth argumenta que, ao contrário do pretendido, esse mecanismo atrasa os investimentos verdes por causa da incapacidade de fixar um preço global do carbono. Ele aponta que há evidências de que os mercados e impostos não conseguiram encarecer o valor da emissão de carbono no valor estabelecido pelo Acordo de Paris. “Isso cria um problema de coordenação, impossibilitando o estabelecimento de um preço internacional único para o carbono. A divergência internacional nos preços do carbono prejudica um sistema eficaz de redução das emissões globais”, avalia Pedro Paulo Zahluth. Para o especialista, o estabelecimento de um preço do carbono por mecanismos de mercado não é capaz de sustentar a transição para energias renováveis. “Os governos não devem confiar no poder mágico do sistema de preços para fornecer redes alternativas do nada”, alerta. Ele defende que, primeiro, o Estado deve criar a oferta de tecnologias verdes. “Somente depois que essas tecnologias e infraestrutura estiverem acessíveis, o aumento dos preços do carbono poderá induzir uma substituição rápida”, avalia. Energia renovável O professor de economia da Unicamp acredita que, mesmo que os preços das emissões de carbono subam, as empresas continuarão a pagar por combustíveis fósseis. “Mesmo que os preços subam, os usuários de tecnologias poluentes e combustíveis fósseis continuarão a pagar, mesmo que empobreçam, por não conseguirem encontrar substitutos viáveis. Não existem tecnologias e infraestrutura substitutivas facilmente acessíveis, muito menos aquelas com custos comparáveis às alternativas fósseis”, afirma Pedro Paulo Zahluth. O artigo do economista cita a baixa lucratividade esperada das empresas de energia renovável como obstáculo à descarbonização da economia. “Enquanto o retorno anual da energia verde oscila entre 6% e 8%, em média, os bancos privados buscam financiar projetos com retornos acima de 10%, um valor tipicamente alcançado por empresas de combustíveis fósseis”, explica. Pedro Paulo Zahluth lembra que as empresas de petróleo e gás operam em mercados formados por oligopólios, ou cartéis, protegidos pela Organização dos Estados Produtores de Petróleo (Opep), que traz segurança para retornos mais altos e seguros dos investimentos. Por outro lado, ainda segundo o economista, há poucas barreiras para a entrada de empresas na produção de energia renovável. “Como resultado, breves períodos de expansão de investimentos descoordenados são seguidos por longos períodos de superprodução, preços baixos e baixas taxas de lucro [nas indústrias de energia renovável]”, completou. O alto custo de armazenamento de energia renovável também força as empresas a aceitar preços desfavoráveis para escoar a produção à medida que ela é gerada, segundo o professor. “Além disso, a geração renovável exige muita terra, o que leva os produtores a buscar áreas onde a terra é mais barata, geralmente longe das redes de transmissão existentes e das áreas mais densamente povoadas onde a demanda está concentrada”, acrescentou. Entre a assinatura do Protocolo de Kyoto, em 1997, e 2024, o consumo de combustíveis fósseis aumentou 58%. No ano da assinatura do Protocolo de Kyoto, os combustíveis fósseis representavam 85,8% da matriz energética mundial, caindo para apenas 81% em 2024. “Como resultado, os ganhos em eficiência energética e o uso de tecnologias limpas reduziram apenas marginalmente a participação dos combustíveis fósseis na matriz energética global”, lembra o professor Bastos. Poluidores O professor da Unicamp destacou ainda que até 2010, 90 instituições foram responsáveis por 63% das emissões de gases do efeito estufa. “A grande maioria dessas corporações globais estão sediadas em regiões temperadas menos impactadas pelo aquecimento global. Entre 2016 e 2022, 80% das emissões globais vieram de apenas 57 dessas corporações”, destacou. Pedro Paulo Zahluth ressalta ainda que, durante as eleições de 2024 nos Estados Unidos as corporações de combustíveis fósseis gastaram US$ 445 milhões para eleger Donald Trump e outros políticos favoráveis à energia suja. O governo Trump abandonou o Acordo de Paris, desmontou uma série de políticas para transição energética e tem apostado no incentivo aos combustíveis fósseis para reduzir o valor da energia, lembra o economista. Florestas Para o pesquisador, outra solução para reduzir o aquecimento do planeta é compensar a emissão de gases do efeito estufa por meio do aumento da conservação e regeneração de florestas. “Afinal, elas são capazes de absorver o carbono acumulado na atmosfera”. Porém, o professor Pedro Paulo Zahluth sustenta que essa solução é inviável devido às limitações de terra disponível. O economista calcula que seria possível, no máximo, reflorestar cerca de 900 milhões de hectares em todo o mundo devido à degradação dos solos e o uso da terra para cidades e infraestruturas. “Uma área capaz de absorver 205 bilhões de toneladas de carbono nas décadas necessárias para que as florestas atinjam a maturidade. Isso equivale a apenas 5 anos de emissões na taxa anual atual”, pondera. O professor avalia, no entanto, que o mercado de carbono e a compensação florestal não devem ser descartadas e podem funcionar caso já esteja implementado e disponível “um sistema elétrico alternativo”. “O que deve ser descartado é a ideia, prevalente na grande mídia mundial, e até mesmo na ONU, de que cobrar pelo custo social do carbono e sua compensação [florestal] pode substituir o planejamento público para a transição sociotecnológica”, afirma. >> Entenda o que é e para que serve o mercado de carbono
A criação de um mercado de carbono para incentivar as empresas a substituírem suas fontes de energia “sujas”, baseada em combustíveis fósseis, para fontes “limpas” ou renováveis, não é capaz de promover a transição energética na velocidade necessária para impedir a catástrofe climática. O alerta é do professor do Instituto de Economia da Unicamp Pedro Paulo Zahluth Bastos, em publicação recente na Phenomenal World, revista de economia política editada em Nova York. Notícias relacionadas: Luta não deve ser para proteger menos o meio ambiente, defende Marina. Presidência da COP30 convida setor privado a integrar agenda de ação. Redução de emissão de carbono será até 2060, mas "no ritmo" da China. Construída nos últimos 30 anos sob coordenação da Organização das Nações Unidas (ONU) e concluída na COP29, em Baku, no Azerbaijão, a proposta do mercado de carbono, segundo o economista, “serviu mais para desviar a discussão do que realmente funcionar no combate à crise climática do que promover soluções significativas”. O economista brasileiro argumenta que o mercado de carbono não é capaz de incentivar a transição energética sem um robusto planejamento estatal para substituição dos combustíveis fósseis. “Os mercados de carbono têm estado no centro da diplomacia multilateralista sobre mudanças climáticas”, mas a solução “aprovada em Baku não resolverá esse problema”, lamenta o especialista. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Mercado de carbono Os defensores do mercado de carbono argumentam que, ao aumentar o custo da emissão de gases do efeito estufa, seja por meio da tributação governamental ou de associações voluntárias, as empresas tenderiam a alterar suas fontes de energia para outras renováveis, acelerando assim a transição energética. O mercado de carbono fixa cotas para emissão de gases do efeito estufa. Com isso, quem emitiu menos do que o permitido ganha créditos, que podem ser vendidos para as empresas que ultrapassaram a meta. O pesquisador Pedro Paulo Zahluth argumenta que, ao contrário do pretendido, esse mecanismo atrasa os investimentos verdes por causa da incapacidade de fixar um preço global do carbono. Ele aponta que há evidências de que os mercados e impostos não conseguiram encarecer o valor da emissão de carbono no valor estabelecido pelo Acordo de Paris. “Isso cria um problema de coordenação, impossibilitando o estabelecimento de um preço internacional único para o carbono. A divergência internacional nos preços do carbono prejudica um sistema eficaz de redução das emissões globais”, avalia Pedro Paulo Zahluth. Para o especialista, o estabelecimento de um preço do carbono por mecanismos de mercado não é capaz de sustentar a transição para energias renováveis. “Os governos não devem confiar no poder mágico do sistema de preços para fornecer redes alternativas do nada”, alerta. Ele defende que, primeiro, o Estado deve criar a oferta de tecnologias verdes. “Somente depois que essas tecnologias e infraestrutura estiverem acessíveis, o aumento dos preços do carbono poderá induzir uma substituição rápida”, avalia. Energia renovável O professor de economia da Unicamp acredita que, mesmo que os preços das emissões de carbono subam, as empresas continuarão a pagar por combustíveis fósseis. “Mesmo que os preços subam, os usuários de tecnologias poluentes e combustíveis fósseis continuarão a pagar, mesmo que empobreçam, por não conseguirem encontrar substitutos viáveis. Não existem tecnologias e infraestrutura substitutivas facilmente acessíveis, muito menos aquelas com custos comparáveis às alternativas fósseis”, afirma Pedro Paulo Zahluth. O artigo do economista cita a baixa lucratividade esperada das empresas de energia renovável como obstáculo à descarbonização da economia. “Enquanto o retorno anual da energia verde oscila entre 6% e 8%, em média, os bancos privados buscam financiar projetos com retornos acima de 10%, um valor tipicamente alcançado por empresas de combustíveis fósseis”, explica. Pedro Paulo Zahluth lembra que as empresas de petróleo e gás operam em mercados formados por oligopólios, ou cartéis, protegidos pela Organização dos Estados Produtores de Petróleo (Opep), que traz segurança para retornos mais altos e seguros dos investimentos. Por outro lado, ainda segundo o economista, há poucas barreiras para a entrada de empresas na produção de energia renovável. “Como resultado, breves períodos de expansão de investimentos descoordenados são seguidos por longos períodos de superprodução, preços baixos e baixas taxas de lucro [nas indústrias de energia renovável]”, completou. O alto custo de armazenamento de energia renovável também força as empresas a aceitar preços desfavoráveis para escoar a produção à medida que ela é gerada, segundo o professor. “Além disso, a geração renovável exige muita terra, o que leva os produtores a buscar áreas onde a terra é mais barata, geralmente longe das redes de transmissão existentes e das áreas mais densamente povoadas onde a demanda está concentrada”, acrescentou. Entre a assinatura do Protocolo de Kyoto, em 1997, e 2024, o consumo de combustíveis fósseis aumentou 58%. No ano da assinatura do Protocolo de Kyoto, os combustíveis fósseis representavam 85,8% da matriz energética mundial, caindo para apenas 81% em 2024. “Como resultado, os ganhos em eficiência energética e o uso de tecnologias limpas reduziram apenas marginalmente a participação dos combustíveis fósseis na matriz energética global”, lembra o professor Bastos. Poluidores O professor da Unicamp destacou ainda que até 2010, 90 instituições foram responsáveis por 63% das emissões de gases do efeito estufa. “A grande maioria dessas corporações globais estão sediadas em regiões temperadas menos impactadas pelo aquecimento global. Entre 2016 e 2022, 80% das emissões globais vieram de apenas 57 dessas corporações”, destacou. Pedro Paulo Zahluth ressalta ainda que, durante as eleições de 2024 nos Estados Unidos as corporações de combustíveis fósseis gastaram US$ 445 milhões para eleger Donald Trump e outros políticos favoráveis à energia suja. O governo Trump abandonou o Acordo de Paris, desmontou uma série de políticas para transição energética e tem apostado no incentivo aos combustíveis fósseis para reduzir o valor da energia, lembra o economista. Florestas Para o pesquisador, outra solução para reduzir o aquecimento do planeta é compensar a emissão de gases do efeito estufa por meio do aumento da conservação e regeneração de florestas. “Afinal, elas são capazes de absorver o carbono acumulado na atmosfera”. Porém, o professor Pedro Paulo Zahluth sustenta que essa solução é inviável devido às limitações de terra disponível. O economista calcula que seria possível, no máximo, reflorestar cerca de 900 milhões de hectares em todo o mundo devido à degradação dos solos e o uso da terra para cidades e infraestruturas. “Uma área capaz de absorver 205 bilhões de toneladas de carbono nas décadas necessárias para que as florestas atinjam a maturidade. Isso equivale a apenas 5 anos de emissões na taxa anual atual”, pondera. O professor avalia, no entanto, que o mercado de carbono e a compensação florestal não devem ser descartadas e podem funcionar caso já esteja implementado e disponível “um sistema elétrico alternativo”. “O que deve ser descartado é a ideia, prevalente na grande mídia mundial, e até mesmo na ONU, de que cobrar pelo custo social do carbono e sua compensação [florestal] pode substituir o planejamento público para a transição sociotecnológica”, afirma. >> Entenda o que é e para que serve o mercado de carbono
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O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo pediu nesta segunda-feira (15) à Justiça o cancelamento de três outorgas da rádio Jovem Pan. A outorga representa a autorização concedida para as emissoras de rádio e TV funcionarem. A solicitação faz parte das alegações finais do processo protocolado em 2023 contra a emissora pela acusação de difusão de desinformação contra o sistema eleitoral e às instituições durante o governo de Jair Bolsonaro. Notícias relacionadas: AGU pede à PF investigação sobre fake news contra Banco do Brasil . Na manifestação, o órgão reitera que a emissora teve “papel fundamental na campanha de desinformação”, veiculando “informações falsas” e incitações à intervenção das Forças Armadas. De acordo com o MPF, a Constituição e as leis que regem a radiodifusão no país impedem a conduta adotada pela emissora. “A Jovem Pan assumiu o reprovável papel de principal caixa de ressonância, na esfera pública brasileira, de discursos que pavimentavam as ações golpistas que vieram a ser desveladas, dando-lhes uma aparência indevida de suposta legitimidade”, diz o MPF. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Além do cancelamento das outorgas, o MPF também pediu à Justiça que a Jovem Pan pague R$ 13,6 milhões em danos morais coletivos e veicule em sua programação conteúdos sobre a confiabilidade das eleições. O caso será analisado pela 6ª Vara Cível da Justiça Federal em São Paulo. Não há prazo para decisão. Outro lado A Agência Brasil entrou em contato com a diretoria da Jovem Pan e aguarda retorno. O espaço está aberto para manifestação.
O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo pediu nesta segunda-feira (15) à Justiça o cancelamento de três outorgas da rádio Jovem Pan. A outorga representa a autorização concedida para as emissoras de rádio e TV funcionarem. A solicitação faz parte das alegações finais do processo protocolado em 2023 contra a emissora pela acusação de difusão de desinformação contra o sistema eleitoral e às instituições durante o governo de Jair Bolsonaro. Notícias relacionadas: AGU pede à PF investigação sobre fake news contra Banco do Brasil . Na manifestação, o órgão reitera que a emissora teve “papel fundamental na campanha de desinformação”, veiculando “informações falsas” e incitações à intervenção das Forças Armadas. De acordo com o MPF, a Constituição e as leis que regem a radiodifusão no país impedem a conduta adotada pela emissora. “A Jovem Pan assumiu o reprovável papel de principal caixa de ressonância, na esfera pública brasileira, de discursos que pavimentavam as ações golpistas que vieram a ser desveladas, dando-lhes uma aparência indevida de suposta legitimidade”, diz o MPF. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp Além do cancelamento das outorgas, o MPF também pediu à Justiça que a Jovem Pan pague R$ 13,6 milhões em danos morais coletivos e veicule em sua programação conteúdos sobre a confiabilidade das eleições. O caso será analisado pela 6ª Vara Cível da Justiça Federal em São Paulo. Não há prazo para decisão. Outro lado A Agência Brasil entrou em contato com a diretoria da Jovem Pan e aguarda retorno. O espaço está aberto para manifestação.
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Mais de 80,5 mil empregadores de trabalhadores domésticos de todo o país receberão avisos, a partir desta quarta-feira (17), para regularização dos depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de seus empregados. Inicialmente, as notificações do Ministério do Trabalho e Emprego terão o caráter de orientação, com o objetivo de alertar os empregadores sobre as irregularidades e para dar a oportunidade de regularização voluntária dos débitos com o FGTS até 31 de outubro de 2025. Notícias relacionadas: Autoras contemporâneas dão voz a trabalhadoras domésticas na Flip. Federação de domésticas reivindica mesmos direitos para diaristas. 'Sociedade lucra sonegando direitos às domésticas', critica sindicato. Após este prazo, os casos não regularizados podem ser encaminhados para notificação formal e levantamento oficial dos débitos, o que pode levar a penalidades legais. Recebimento de notificações Os avisos eletrônicos do governo federal serão realizados via sistema Domicílio Eletrônico Trabalhista (DET), que permite a comunicação eletrônica entre a inspeção do trabalho e o empregador. Os alertas são baseados em dados que mostram indícios de que os empregadores não recolheram ou não pagaram corretamente o FGTS dos trabalhadores domésticos contratados. Estes débitos no recolhimento do FGTS foram constatados a partir do cruzamento de informações das guias registradas e pagas à Caixa Econômica Federal e do eSocial, sistema informatizado do governo brasileiro que unifica a entrega de informações trabalhistas, previdenciárias, fiscais e de FGTS. Essas comunicações realizadas pelo DET dispensam a publicação no Diário Oficial da União e o envio por via postal e são consideradas pessoais para todos os efeitos legais. Dívida O montante devido ao FGTS por 80.506 empregadores de trabalhadores domésticos ultrapassa R$ 375 milhões e afeta 154.063 trabalhadores domésticos. O estado de São Paulo lidera a dívida em números absolutos, com 26.588 empregadores, 53.072 trabalhadores e uma dívida de R$ 135 milhões. Seguido por Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. Já os estados nortistas de Roraima, Amapá e Acre registram os menores volumes, com débitos inferiores a R$ 1 milhão. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp O que diz a lei A Emenda Constitucional nº 72/2013, conhecida como a PEC das Domésticas, estabeleceu a igualdade de direitos trabalhistas entre os trabalhadores domésticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais. Ao ampliar os direitos desta categoria, a alteração na lei tornou o FGTS um direito do empregado doméstico. A emenda constitucional foi seguida por uma legislação complementar (Lei nº 150/2015). A regulamentação estabelece ao empregador doméstico a obrigação de inscrever e de efetuar os depósitos mensais referentes ao FGTS a seu empregado doméstico. De acordo com a legislação brasileira, o depósito mensal obrigatório do FGTS corresponde a um total de 11,2% do salário do trabalhador na conta do FGTS, sendo 8% do depósito do FGTS e 3,2% referentes à indenização compensatória da perda de emprego sem justa causa, que é recolhida de forma antecipada.
Mais de 80,5 mil empregadores de trabalhadores domésticos de todo o país receberão avisos, a partir desta quarta-feira (17), para regularização dos depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de seus empregados. Inicialmente, as notificações do Ministério do Trabalho e Emprego terão o caráter de orientação, com o objetivo de alertar os empregadores sobre as irregularidades e para dar a oportunidade de regularização voluntária dos débitos com o FGTS até 31 de outubro de 2025. Notícias relacionadas: Autoras contemporâneas dão voz a trabalhadoras domésticas na Flip. Federação de domésticas reivindica mesmos direitos para diaristas. 'Sociedade lucra sonegando direitos às domésticas', critica sindicato. Após este prazo, os casos não regularizados podem ser encaminhados para notificação formal e levantamento oficial dos débitos, o que pode levar a penalidades legais. Recebimento de notificações Os avisos eletrônicos do governo federal serão realizados via sistema Domicílio Eletrônico Trabalhista (DET), que permite a comunicação eletrônica entre a inspeção do trabalho e o empregador. Os alertas são baseados em dados que mostram indícios de que os empregadores não recolheram ou não pagaram corretamente o FGTS dos trabalhadores domésticos contratados. Estes débitos no recolhimento do FGTS foram constatados a partir do cruzamento de informações das guias registradas e pagas à Caixa Econômica Federal e do eSocial, sistema informatizado do governo brasileiro que unifica a entrega de informações trabalhistas, previdenciárias, fiscais e de FGTS. Essas comunicações realizadas pelo DET dispensam a publicação no Diário Oficial da União e o envio por via postal e são consideradas pessoais para todos os efeitos legais. Dívida O montante devido ao FGTS por 80.506 empregadores de trabalhadores domésticos ultrapassa R$ 375 milhões e afeta 154.063 trabalhadores domésticos. O estado de São Paulo lidera a dívida em números absolutos, com 26.588 empregadores, 53.072 trabalhadores e uma dívida de R$ 135 milhões. Seguido por Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. Já os estados nortistas de Roraima, Amapá e Acre registram os menores volumes, com débitos inferiores a R$ 1 milhão. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp O que diz a lei A Emenda Constitucional nº 72/2013, conhecida como a PEC das Domésticas, estabeleceu a igualdade de direitos trabalhistas entre os trabalhadores domésticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais. Ao ampliar os direitos desta categoria, a alteração na lei tornou o FGTS um direito do empregado doméstico. A emenda constitucional foi seguida por uma legislação complementar (Lei nº 150/2015). A regulamentação estabelece ao empregador doméstico a obrigação de inscrever e de efetuar os depósitos mensais referentes ao FGTS a seu empregado doméstico. De acordo com a legislação brasileira, o depósito mensal obrigatório do FGTS corresponde a um total de 11,2% do salário do trabalhador na conta do FGTS, sendo 8% do depósito do FGTS e 3,2% referentes à indenização compensatória da perda de emprego sem justa causa, que é recolhida de forma antecipada.
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Sem previsão de chuva, a temperatura máxima pode chegar a 34ºC em algumas regiões O post Umidade do ar no DF pode chegar a 12% nesta segunda (15) apareceu primeiro em Brasil de Fato.

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Produção do Brasil de Fato aborda a resistência popular nos países africanos de Burkina Faso, Níger e Mali O post Documentário do BdF ‘Sahel: Pátria ou Morte’ estreia nesta terça-feira em São Paulo apareceu primeiro em Brasil de Fato.

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Um estudo coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, aponta contaminação por resíduos plásticos na Amazônia. A pesquisa revela impactos em ambientes aquáticos e terrestres, além de potenciais danos à saúde humana, especialmente entre comunidades ribeirinhas e indígenas. Notícias relacionadas: MMA e Inpe lançam sistema para monitoramento diário da Amazônia. Em 40 anos, Amazônia perdeu área de vegetação do tamanho da França. O artigo científico foi publicado recentemente na revista Ambio, especializada em meio ambiente e sociedade. É a primeira revisão sistemática da literatura sobre o tema no bioma amazônico. Ao todo, foram analisados 52 estudos revisados por pares que identificaram poluição por plásticos (macro, meso, micro e nanoplástico) em fauna, flora, sedimentos e água. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp São toneladas de lixo flutuante, descartadas por moradores de diferentes áreas urbanas, embarcações e pelas próprias comunidades, o que contribui para que os resíduos atravessem cidades e países. Segundo o epidemiologista Jesem Orellana, da Fiocruz Amazônia, a revisão evidencia um problema maior do que o estimado. “O momento parece oportuno para discutir os intrigantes resultados desta revisão de escopo da literatura científica, a primeira a aplicar um protocolo sistemático (PRISMA-ScR) para avaliar a contaminação por plástico em ecossistemas amazônicos”, disse Orellana. “Revisamos uma gama de relatos sobre lixo e fragmentos de plástico em ambientes terrestres e aquáticos do bioma amazônico, o que indica um impacto muito maior do que a maioria das pessoas imagina”, complementa. A bióloga Jéssica Melo, uma das autoras do artigo, destaca que a poluição plástica é uma crise global, mas ainda pouco estudada na Amazônia, mesmo sendo a maior bacia hidrográfica do planeta. “A contaminação de fontes importantes de alimentos e de água representa um grande risco para a saúde de populações tradicionais. Identificamos lacunas urgentes em pesquisas, especialmente em fauna não piscícola, áreas remotas e outros países amazônicos. Destacamos a necessidade de mitigação direcionada por meio da gestão de resíduos e da educação”, diz Melo. O estudo também expõe a falta de infraestrutura para gestão de resíduos em comunidades amazônicas. Pesquisadores do Instituto Mamirauá relatam que, no interior do Amazonas, o lixo doméstico antes era majoritariamente orgânico. Mas, hoje, os rios estão repletos de garrafas PET e embalagens plásticas. O trabalho reforça a urgência de pesquisas mais amplas e de ações concretas para conter o avanço da poluição, sobretudo às vésperas da COP30, que será realizada na Amazônia.
Um estudo coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, aponta contaminação por resíduos plásticos na Amazônia. A pesquisa revela impactos em ambientes aquáticos e terrestres, além de potenciais danos à saúde humana, especialmente entre comunidades ribeirinhas e indígenas. Notícias relacionadas: MMA e Inpe lançam sistema para monitoramento diário da Amazônia. Em 40 anos, Amazônia perdeu área de vegetação do tamanho da França. O artigo científico foi publicado recentemente na revista Ambio, especializada em meio ambiente e sociedade. É a primeira revisão sistemática da literatura sobre o tema no bioma amazônico. Ao todo, foram analisados 52 estudos revisados por pares que identificaram poluição por plásticos (macro, meso, micro e nanoplástico) em fauna, flora, sedimentos e água. >> Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp São toneladas de lixo flutuante, descartadas por moradores de diferentes áreas urbanas, embarcações e pelas próprias comunidades, o que contribui para que os resíduos atravessem cidades e países. Segundo o epidemiologista Jesem Orellana, da Fiocruz Amazônia, a revisão evidencia um problema maior do que o estimado. “O momento parece oportuno para discutir os intrigantes resultados desta revisão de escopo da literatura científica, a primeira a aplicar um protocolo sistemático (PRISMA-ScR) para avaliar a contaminação por plástico em ecossistemas amazônicos”, disse Orellana. “Revisamos uma gama de relatos sobre lixo e fragmentos de plástico em ambientes terrestres e aquáticos do bioma amazônico, o que indica um impacto muito maior do que a maioria das pessoas imagina”, complementa. A bióloga Jéssica Melo, uma das autoras do artigo, destaca que a poluição plástica é uma crise global, mas ainda pouco estudada na Amazônia, mesmo sendo a maior bacia hidrográfica do planeta. “A contaminação de fontes importantes de alimentos e de água representa um grande risco para a saúde de populações tradicionais. Identificamos lacunas urgentes em pesquisas, especialmente em fauna não piscícola, áreas remotas e outros países amazônicos. Destacamos a necessidade de mitigação direcionada por meio da gestão de resíduos e da educação”, diz Melo. O estudo também expõe a falta de infraestrutura para gestão de resíduos em comunidades amazônicas. Pesquisadores do Instituto Mamirauá relatam que, no interior do Amazonas, o lixo doméstico antes era majoritariamente orgânico. Mas, hoje, os rios estão repletos de garrafas PET e embalagens plásticas. O trabalho reforça a urgência de pesquisas mais amplas e de ações concretas para conter o avanço da poluição, sobretudo às vésperas da COP30, que será realizada na Amazônia.
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Entidade pede que prefeitura crie orçamento para manter acolhimento noturno e evitar demissões O post Falta de verba paralisa projeto que acolhia filhos de mães trabalhadoras à noite em SP apareceu primeiro em Brasil de Fato.

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Edson Puchalski assume presidência no estado; em Porto Alegre, Airton Silva é escolhido para liderar diretório municipal O post PCdoB-RS elege nova direção em conferência estadual e homenageia Agenor Castoldi apareceu primeiro em Brasil de Fato.

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