20 minutes

globalmagazin
Feed icon

„Ich bin Energiesparer der ersten Stunde!“ Das sagt der Architekt Hans-Ulrich Günther und hat sich schon früh mit dem Thema Wärmepumpen befasst. weiter Der Beitrag „Energiewende kommt hier viel zu langsam voran“ erschien zuerst auf globalmagazin.

Feed icon
globalmagazin
CC BY🅭🅯

„Ich bin Energiesparer der ersten Stunde!“ Das sagt der Architekt Hans-Ulrich Günther und hat sich schon früh mit dem Thema Wärmepumpen befasst. weiter Der Beitrag „Energiewende kommt hier viel zu langsam voran“ erschien zuerst auf globalmagazin.

A opositora venezuelana Maria Corina Machado chegou ontem à noite a Oslo, demasiado tarde para participar na cerimónia de entrega do seu Nobel da Paz, que foi recebido em seu nome pela filha. Ao cabo de uma longa viagem na clandestinidade, a opositora fez a sua primeira aparição pública depois de mais de um ano a esconder-se, após ter sido proibida de participar nas presidenciais do ano passado, em que Nicolás Maduro conquistou um terceiro mandato de Presidente.

Feed icon
Radio France Internationale
Attribution+

A opositora venezuelana Maria Corina Machado chegou ontem à noite a Oslo, demasiado tarde para participar na cerimónia de entrega do seu Nobel da Paz, que foi recebido em seu nome pela filha. Ao cabo de uma longa viagem na clandestinidade, a opositora fez a sua primeira aparição pública depois de mais de um ano a esconder-se, após ter sido proibida de participar nas presidenciais do ano passado, em que Nicolás Maduro conquistou um terceiro mandato de Presidente.

Trump pushed changes at the Central Valley Project — a set of reservoirs and canals supplying water to Sacramento and San Joaquin valleys — pleasing farm groups.

Feed icon
CalMatters
Attribution+

Trump pushed changes at the Central Valley Project — a set of reservoirs and canals supplying water to Sacramento and San Joaquin valleys — pleasing farm groups.

25 minutes

Floodlight
Feed icon

Critics argue the city could do more to tackle its food waste problem.

Feed icon
Floodlight
CC BY-NC-ND🅭🅯🄏⊜

Critics argue the city could do more to tackle its food waste problem.

As states, Michigan among them, weigh additional restrictions to prevent noncitizens from casting a ballot, a report from a trio of organizations focused on racial justice and democracy warns that enacting these laws would carry a hefty price tag. A joint effort between Dēmos, Campaign Legal Center and State Voices, the report examines the cost […]

Feed icon
Michigan Advance
CC BY-NC-ND🅭🅯🄏⊜

As states, Michigan among them, weigh additional restrictions to prevent noncitizens from casting a ballot, a report from a trio of organizations focused on racial justice and democracy warns that enacting these laws would carry a hefty price tag. A joint effort between Dēmos, Campaign Legal Center and State Voices, the report examines the cost […]

How Bel-Air found its own voice while respecting its Fresh Prince roots and put LA more front and center than the original series was able to.

Feed icon
LAist
Attribution+

How Bel-Air found its own voice while respecting its Fresh Prince roots and put LA more front and center than the original series was able to.

Film programmers offer their top picks for movies to help you get in the holiday spirit, start a debate over what makes a Christmas movie or avoid the holidays altogether.

Feed icon
LAist
Attribution+

Film programmers offer their top picks for movies to help you get in the holiday spirit, start a debate over what makes a Christmas movie or avoid the holidays altogether.

As family housing resources shrink in L.A., one family has left what they know in California behind to start a life in the Midwest, where housing costs are vastly lower.

Feed icon
LAist
Attribution+

As family housing resources shrink in L.A., one family has left what they know in California behind to start a life in the Midwest, where housing costs are vastly lower.

Hydee Feldstein Soto called an opposing side’s expert witness for campaign money before a high-profile trial this fall. Her campaign says she didn’t know about the connection.

Feed icon
LAist
Attribution+

Hydee Feldstein Soto called an opposing side’s expert witness for campaign money before a high-profile trial this fall. Her campaign says she didn’t know about the connection.

26 minutes

O Joio e O Trigo
Feed icon

Captação do banco UBS levanta 2 bilhões de dólares para empresa brasileira um mês antes da concessão de licença para pesquisa de petróleo na Foz do Amazonas; fundos de pensão suíços consideram estratégia de exploração da petroleira “inconsistente” com transição energética Duzentos quilômetros separam o poço de perfuração da Petrobras no Bloco 59, na região da Foz do Amazonas, das terras indígenas em Oiapoque, o município mais ao norte do Brasil, no Amapá. Os moradores dos três territórios indígenas próximos ao Rio Oiapoque – Galibi, Juminá e Uaçá – sabem que suas águas ficam salobras por seis meses do ano, no segundo semestre, quando a maré invade o rio com água do mar. “O estudo deles [da Petrobras] disse que as correntes marítimas não atingem as terras indígenas, que seriam jogadas para a Guiana Francesa”, relata Edmilson dos Santos Oliveira Karipuna, cacique da aldeia Curipi da Terra Indígena (TI) Uaçá, referindo-se a um possível vazamento de óleo durante a fase de pesquisa em águas profundas. “A gente discordou, porque a gente conhece, vive aqui há muitos anos, e entende que essas correntes ultrapassam nossas aldeias”, contrapõe a liderança indígena. Um mês antes de obter a licença de operação para pesquisa de exploração na área, a petroleira levantou 2 bilhões de dólares de investidores qualificados que compraram títulos de dívida, conforme apurou o Joio e o portal suíço WAV. Os títulos foram distribuídos por seis grandes bancos de investimento: o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), o Citigroup, o Deutsche Bank Securities, o Itaú BBA, o Santander e o suíço UBS Investment Bank.  Este último, com filial no Brasil, parceiro de investimentos do Banco do Brasil e financiador da Petrobras por meio de instrumentos financeiros desde 2021, garantiu a distribuição de títulos no valor de 333 milhões de dólares do total captado pela emissão. Os riscos ambientais e climáticos e possíveis restrições para o uso desse capital não são mencionados no prospecto da emissão, como ocorre com outras emissões do mesmo tipo de instrumento financeiro. Assim, a Petrobras pode utilizar os fundos provenientes dos títulos como quiser, uma vez que não estão destinados a um propósito específico, mas podem ser usados para “fins corporativos gerais”. Os valores arrecadados por meio do título têm a capacidade de financiar, segundo estimativas da Petrobras, dois terços dos custos para uma potencial exploração de petróleo na Margem Equatorial, como também é chamada a região que banha a extremidade norte do Rio Oiapoque com água salgada. Os custos de implementação da atividade e do licenciamento ambiental foram declarados pela Petrobras em cerca de R$ 800 milhões, valores mínimos comparados ao crédito bilionário viabilizado pelo título. Mas outras despesas virão nos próximos dois anos, quando a empresa estatal deverá verificar a viabilidade da extração de petróleo na região. Até agora, as comunidades indígenas que poderiam ser afetadas pelo risco de vazamento de petróleo decorrente da pesquisa de exploração não foram formalmente consultadas pela Petrobras, maior produtora de petróleo do mundo em águas ultraprofundas. De acordo com resposta do Ibama enviada ao Joio e ao WAV, a extração de petróleo nesta região é segura, com base na mais recente modelagem de correntes marítimas apresentada pela Petrobras em 2023. “Dentro das limitações metodológicas que toda modelagem numérica tem, não houve indicação de probabilidade de toque de óleo nos cenários simulados”, afirma a nota. Já a Petrobras informou que a legislação brasileira não exige que ela realize consultas prévias durante a fase de pesquisa. Declarou ainda que, voluntariamente, agendou mais de 60 reuniões para compartilhar informações com as comunidades locais.  Em relação aos investimentos em títulos de dívida, a empresa declarou que “monitora riscos reputacionais e busca transparência para investidores”, mas não comentou sobre o destino dos recursos dos títulos específicos questionados pela reportagem. Mais lidas do mês Petróleo na Amazônia, um risco previsto O pedido para explorar petróleo na Foz do Amazonas é de 2014, protocolado pela BP Energy do Brasil Ltda, quando esta detinha a concessão do Bloco 59. A transferência dos direitos de exploração do bloco da empresa britânica para a Petrobras ocorreu após seis anos de tentativas frustradas daquela em obter a licença. De acordo com Klara Butz, ativista de finanças da Urgewald, organização ambiental e de direitos humanos com sede na Alemanha, a transferência foi estratégica. “A aprovação do Bloco 59 estabeleceria um precedente para a expansão ao longo de toda a extensão da Foz do Rio Amazonas. É muito mais fácil para a Petrobras abrir essa para todas as outras [empresas], que já estão esperando para entrar”, aponta Butz. Assim, em um leilão em junho, ao lado da Petrobras, duas gigantes americanas, Exxon Mobil e Chevron, bem como a China National Petroleum Corporation (CNPC), garantiram blocos. Com o processo nas mãos da Petrobras, a licença foi concedida pelo órgão ambiental no momento mais controverso: apenas 20 dias antes do início da Conferência do Clima, em que especialistas climáticos esperavam medidas para que os países caminhassem para longe dos combustíveis fósseis. Realizada no Brasil, a COP30 foi a conferência com a maior presença indígena da história. Mas nos territórios, onde os investimentos da empresa brasileira para exploração de petróleo estão chegando, os povos indígenas denunciam que sua presença está sendo ignorada. “Sofremos grandes pressões políticas”, afirmou, em entrevista ao Joio, Luene Karipuna, coordenadora executiva da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Amapá e Norte do Pará (Apoianp). “A partir do momento que o presidente Lula diz que explorar petróleo na Foz do Amazonas é uma soberania nacional, acaba colocando a gente, que questiona e que busca garantir o direito de consulta prévia, como inimigo da nação brasileira”, conclui. window.addEventListener("message",function(a){if(void 0!==a.data["datawrapper-height"]){var e=document.querySelectorAll("iframe");for(var t in a.data["datawrapper-height"])for(var r,i=0;r=e[i];i++)if(r.contentWindow===a.source){var d=a.data["datawrapper-height"][t]+"px";r.style.height=d}}}); Simulação realizada pela Petrobras em 2015 indicou que, no pior cenário de derramamento, óleo chegaria à costa da Guiana Francesa em 15 horas. O órgão ambiental brasileiro aprovou os estudos de modelagem da petroleira que afirmam não haver toque de óleo na costa brasileira em caso de derramamento  (Fonte: Ibama, Funai, ANA, ANP) De acordo com as organizações indígenas Apoianp e o Conselho de Caciques dos Povos Indígenas de Oiapoque (CCPIO), coordenado por Edmilson Karipuna, a Petrobras apenas organizou reuniões informativas, mas não seguiu o protocolo de consulta para as terras indígenas. A principal preocupação das comunidades é o potencial risco de contaminação do ecossistema local em caso de um vazamento de petróleo.  “A gente sabe que se houver um vazamento, não tem como tirar todo esse petróleo de mangue. Estamos falando de uma área onde a maré é muito forte e que tem a maior extensão de floresta de mangue”, diz Luene Karipuna, referindo-se à maior porção contínua de floresta de mangue do planeta, que está na porção leste da costa do Amapá. Mais de 6 mil indígenas vivem na TI Uaçá. Somando outros dois territórios indígenas reconhecidos oficialmente – Juminá e Galibi –, são 518 mil hectares de floresta protegidos pela legislação brasileira, que servem de fonte cultural e alimentar para as populações locais. Perguntamos à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) sobre como o órgão se posiciona frente às reivindicações dos povos indígenas sobre a exploração de petróleo na região. A Funai não respondeu à reportagem até a data de publicação. UBS com Petrobras, na alegria, na tristeza, e nas profundezas A política de sustentabilidade e risco climático do banco UBS descreve que “transações diretamente relacionadas a ativos de perfuração em águas ultraprofundas estão sujeitas a uma maior diligência em matéria de sustentabilidade e risco climático”, que devem levar em consideração planos de prevenção e “resposta a derramamentos”, assim como o histórico socioambiental da empresa que recebe o investimento. O banco suíço também se compromete a usar diretrizes do Banco Mundial para garantir que as operações financeiras não violem os direitos dos povos indígenas. Entre as práticas a serem seguidas pelos financiadores dos projetos estão a consulta prévia às comunidades e à garantia da manutenção de seus “meios de subsistência baseados em recursos naturais”. O histórico de financiamento do UBS à Petrobras Publicamente, o banco suíço considera atividades que confrontam tais políticas como controversas e afirma que não irá fazer negócios com elas. Quando questionado pela reportagem, porém, o UBS se negou a dar uma resposta detalhada. “Não podemos e não comentamos sobre qualquer relação com potenciais clientes (…) em qualquer empresa específica”, escreveu Andreas Hensler, porta-voz do banco . Ele ressaltou que o UBS aplica os critérios mencionados acima em sua política e reconhece “a importância de uma transição ordenada para uma economia de baixo carbono”. “Seguro impossível e estabilidade financeira inalcançável” Além do risco de um desastre petrolífero na Foz do Amazonas, há a desastrosa estratégia climática da Petrobras. De acordo com a Urgewald, organização ambiental e de direitos humanos alemã, 80% dos recursos que a Petrobras está colocando em produção no curto prazo são incompatíveis com o cenário da Agência Internacional de Energia para limitar as mudanças climáticas a 1,5°C. “Há um alto risco de perda de valor quando se continua a apostar em um sistema do passado”, afirma Klara Butz, da Urgewald. Essas descobertas são confirmadas pelo banco privado suíço Globalance, que publica as trajetórias de aquecimento de milhares de empresas. Ele mostra que a Petrobras está atualmente contribuindo para o aquecimento global em 3,8 graus. O maior grupo de seguros do mundo, Allianz, declarou que um aquecimento de 3°C tornaria “o seguro impossível, a intervenção pública inatingível e a estabilidade financeira inalcançável”. Executor de políticas que negam a emergência do clima, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou em evento promovido pelo banco UBS em novembro que “transição energética é uma das potencialidades do mercado brasileiro” (foto: Leo Orestes/Reprodução Valor Econômico) Visão míope como estratégia de investimento Um estudo recente da consultoria financeira holandesa Ortec Finance mostra que os fundos de pensão suíços correm o risco de perdas de lucros relacionadas ao clima de mais de 30% até 2050. E, no entanto, a demanda pelos títulos da Petrobras em setembro foi mais de três vezes superior à oferta. Os riscos mais baixos associados ao investimento em títulos podem ser a razão para isso. Diferente dos investimentos em ações, detentores de títulos do mercado primário recebem seu investimento original de volta quando o título vence. No caso da emissão da UBS para a Petrobras de setembro deste ano, parte dos títulos vence em 2030 e a outra parte em 2036. Portanto, o maior risco para os investidores é que a Petrobras declare falência e se torne insolvente antes disso. Eles estão apostando, ainda, que a política climática global falhará em cumprir as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris.  Os investidores dos títulos co-coordenados pelo banco suíço em favor da Petrobras, no entanto, permanecem desconhecidos, pela falta de transparência de documentos financeiros. No caso do UBS, um dos principais gestores de ativos do mundo, a lógica é que eles pertençam a sua base de clientes. Isso inclui não apenas os super-ricos nos EUA, Brasil ou Suíça, mas também grandes investidores institucionais, como fundos de pensão. Um véu de opacidade O Joio e o WAV questionaram vários grandes investidores da Petrobras sobre investimentos neste título de dívida em questão e na compra de ações da petroleira. Entre eles estão fundos de pensão suíços, cuja atividade de garantir seguridade social por décadas os torna fortes potenciais compradores de títulos; o brasileiro Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e sua subsidiária financeira, o BNDESPar, entre os quatro maiores acionistas da petroleira; além da BlackRock, uma das maiores gestoras de ativos do mundo que em setembro de 2024 detinha 5% das ações da empresa.  Alessia Torricelli, diretora financeira do fundo de pensão de Genebra, o CPEG, um dos maiores da Suíça, com ativos superiores a 20 bilhões de francos suíços, afirma que exclui empresas que não estão alinhadas com uma transição de baixo carbono.  Quando questionada sobre os planos da Petrobras na Foz do Amazonas, Torricelli acrescenta que a empresa iniciou perfurações exploratórias próximas a uma região sensível em termos de biodiversidade, o que sinaliza ao fundo que “a direção estratégica [da empresa] já está clara e inconsistente com a trajetória de transição que esperamos das empresas de energia”. Da mesma forma, devido a considerações de risco climático, os fundos de pensão Basel-Stadt e Basel-Landschaft não estão investindo na Petrobras. Juntos, eles gerenciam mais de 25 bilhões de francos suíços. Este último acredita que empresas com classificações de governança muito baixas de acordo com a metodologia aplicada pelo fundo prestam atenção insuficiente aos riscos de transição, e a Petrobras se enquadra neste grupo, segundo o fundo. A Publica – o maior fundo de pensão da Suíça com 42 bilhões de francos suíços sob gestão – afirma que não compra títulos da Petrobras porque “em mercados emergentes, investe em títulos do governo, mas não em títulos corporativos”. O BNDES respondeu que “não comenta assuntos relacionados a empresas de capital aberto”. Já a BlackRock se recusou a comentar o pedido de posicionamento da reportagem. Assine nossa newsletter Sexta Básica e receba nossas investigações direto no seu email (function() { window.mc4wp = window.mc4wp || { listeners: [], forms: { on: function(evt, cb) { window.mc4wp.listeners.push( { event : evt, callback: cb } ); } } } })(); Leave this field empty if you're human: “É como se a gente não existisse” O processo de licenciamento da Petrobras não possui estudo de componente — documento do licenciamento ambiental que prevê impactos em territórios — indígena, quilombola ou de outras comunidades tradicionais presentes na região da Foz do Amazonas, como os pescadores, que teriam a segurança alimentar das comunidades diretamente afetada em caso da efetivação dos riscos. A ausência deste documento foi motivo para o Ministério Público Federal entrar com ação na Justiça Federal pedindo a anulação ou a suspensão da licença do Ibama. “O projeto não cita a população indígena, como se a gente não vivesse nesta região”, denuncia Edmilson Karipuna, do CCPIO. “Somos aproximadamente 10 a 12 mil indígenas que vivem aqui, com quatro povos, os Karipuna, Palikur-Arukwayene, Galibi Marworno e Galibi Kali’na, e a gente tem sido invisibilizado até o momento.” Mesmo não sendo da competência do Ibama realizar estudos de impacto em territórios tradicionais, o instituto registrou em pareceres técnicos a reivindicação indígena de realização de consulta prévia por parte da petroleira. Rio Urucauá tem extensão de 73 km e corta Terra Indígena Uaçá; Oiapoque e vários outros rios ligam comunidades e são fonte de alimento (fotos: Edmilson dos Santos Oliveira Karipuna) Para o advogado, professor de Direito Ambiental e assessor de Políticas Públicas do Observatório do Clima (OC), Fábio Ishisaki, a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário, não livra empresas de realizar consulta pública em caso de empreendimentos sob qualquer suspeita de risco socioambiental. “Argumentar que a consulta tem que ser só na fase de exploração é desconsiderar os potenciais danos dessa fase de pesquisa que, apesar do nome ‘pesquisa’, é uma intervenção no meio ambiente. Juridicamente, a convenção já dá o subsídio para que tenha a obrigação de consulta sempre que tenha algum risco aos territórios”. Para ele, a postura da Petrobras poderia ter sido outra, mesmo que a legislação brasileira não a obrigue a fazer consultas formais. “Estudos internacionais sobre a aceitabilidade de empreendimentos falam que é benéfico para o próprio empreendedor aproximar os afetados das tomadas de decisões, evitando tanta resistência às suas atividades. Não tem nenhum prejuízo a Petrobras realizar consultas, isso fortalece as boas práticas”, sugere Ishisaki. Acidentes em plataformas de extração Na contramão, um parecer técnico do próprio Ibama de 2025, baseado em estatísticas históricas entre 1975 e 2014, destacou que as atividades de perfuração foram responsáveis por 95% dos acidentes ocorridos em plataformas de extração em águas profundas em todo o mundo. Morpho, o chamado poço da Petrobras na Foz do Amazonas, está a 2.980 metros de profundidade. A distância é quase o dobro do Deepwater Horizon, operação de extração no Golfo do México que resultou em um vazamento de 880 milhões de m³ de óleo em 2010. O Ibama também apontou que “a presença da Petrobras nem sempre é sinônimo de fortalecimento dos cuidados ambientais em áreas nas quais atua”, remontando ao vazamento de óleo numa plataforma petrolífera da empresa em 2019, quando esta não reportou o desastre a tempo de evitar que o óleo tocasse a costa do Rio de Janeiro. Organizações ambientais brasileiras também apontaram falhas na modelagem atual da Petrobras. “O modelo não considera as características da região, como o comportamento de correntes subsuperficiais, a presença de sedimentos na coluna d’água, entre outros fatores como o uso de dispersantes, que interferem na dinâmica de dispersão e afundamento do óleo”, argumentam ONGs que ajuizaram uma ação judicial contra a empresa. A Petrobras tem um histórico de vazamentos de petróleo em outras operações no Brasil. Em 2000, quatro milhões de litros de petróleo cru foram derramados na região sul do país, contaminando rios da Mata Atlântica, como o Iguaçu e o Barigui, o que resultou numa indenização bilionária para a petrolífera. Em 2004, dentro do mesmo bioma, um vazamento de 266 mil litros de petróleo poluiu o litoral de São Paulo. Para despesas relacionadas a processos judiciais que enfrenta por questões ambientais, a empresa provisionou US$ 228 milhões em 2025. *Esta reportagem foi apoiada por JournaFonds. Artigo Banco suíço vende títulos da Petrobras com risco Amazônia  publicado em O Joio e O Trigo.

Feed icon
O Joio e O Trigo
CC BY-NC-ND🅭🅯🄏⊜

Captação do banco UBS levanta 2 bilhões de dólares para empresa brasileira um mês antes da concessão de licença para pesquisa de petróleo na Foz do Amazonas; fundos de pensão suíços consideram estratégia de exploração da petroleira “inconsistente” com transição energética Duzentos quilômetros separam o poço de perfuração da Petrobras no Bloco 59, na região da Foz do Amazonas, das terras indígenas em Oiapoque, o município mais ao norte do Brasil, no Amapá. Os moradores dos três territórios indígenas próximos ao Rio Oiapoque – Galibi, Juminá e Uaçá – sabem que suas águas ficam salobras por seis meses do ano, no segundo semestre, quando a maré invade o rio com água do mar. “O estudo deles [da Petrobras] disse que as correntes marítimas não atingem as terras indígenas, que seriam jogadas para a Guiana Francesa”, relata Edmilson dos Santos Oliveira Karipuna, cacique da aldeia Curipi da Terra Indígena (TI) Uaçá, referindo-se a um possível vazamento de óleo durante a fase de pesquisa em águas profundas. “A gente discordou, porque a gente conhece, vive aqui há muitos anos, e entende que essas correntes ultrapassam nossas aldeias”, contrapõe a liderança indígena. Um mês antes de obter a licença de operação para pesquisa de exploração na área, a petroleira levantou 2 bilhões de dólares de investidores qualificados que compraram títulos de dívida, conforme apurou o Joio e o portal suíço WAV. Os títulos foram distribuídos por seis grandes bancos de investimento: o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), o Citigroup, o Deutsche Bank Securities, o Itaú BBA, o Santander e o suíço UBS Investment Bank.  Este último, com filial no Brasil, parceiro de investimentos do Banco do Brasil e financiador da Petrobras por meio de instrumentos financeiros desde 2021, garantiu a distribuição de títulos no valor de 333 milhões de dólares do total captado pela emissão. Os riscos ambientais e climáticos e possíveis restrições para o uso desse capital não são mencionados no prospecto da emissão, como ocorre com outras emissões do mesmo tipo de instrumento financeiro. Assim, a Petrobras pode utilizar os fundos provenientes dos títulos como quiser, uma vez que não estão destinados a um propósito específico, mas podem ser usados para “fins corporativos gerais”. Os valores arrecadados por meio do título têm a capacidade de financiar, segundo estimativas da Petrobras, dois terços dos custos para uma potencial exploração de petróleo na Margem Equatorial, como também é chamada a região que banha a extremidade norte do Rio Oiapoque com água salgada. Os custos de implementação da atividade e do licenciamento ambiental foram declarados pela Petrobras em cerca de R$ 800 milhões, valores mínimos comparados ao crédito bilionário viabilizado pelo título. Mas outras despesas virão nos próximos dois anos, quando a empresa estatal deverá verificar a viabilidade da extração de petróleo na região. Até agora, as comunidades indígenas que poderiam ser afetadas pelo risco de vazamento de petróleo decorrente da pesquisa de exploração não foram formalmente consultadas pela Petrobras, maior produtora de petróleo do mundo em águas ultraprofundas. De acordo com resposta do Ibama enviada ao Joio e ao WAV, a extração de petróleo nesta região é segura, com base na mais recente modelagem de correntes marítimas apresentada pela Petrobras em 2023. “Dentro das limitações metodológicas que toda modelagem numérica tem, não houve indicação de probabilidade de toque de óleo nos cenários simulados”, afirma a nota. Já a Petrobras informou que a legislação brasileira não exige que ela realize consultas prévias durante a fase de pesquisa. Declarou ainda que, voluntariamente, agendou mais de 60 reuniões para compartilhar informações com as comunidades locais.  Em relação aos investimentos em títulos de dívida, a empresa declarou que “monitora riscos reputacionais e busca transparência para investidores”, mas não comentou sobre o destino dos recursos dos títulos específicos questionados pela reportagem. Mais lidas do mês Petróleo na Amazônia, um risco previsto O pedido para explorar petróleo na Foz do Amazonas é de 2014, protocolado pela BP Energy do Brasil Ltda, quando esta detinha a concessão do Bloco 59. A transferência dos direitos de exploração do bloco da empresa britânica para a Petrobras ocorreu após seis anos de tentativas frustradas daquela em obter a licença. De acordo com Klara Butz, ativista de finanças da Urgewald, organização ambiental e de direitos humanos com sede na Alemanha, a transferência foi estratégica. “A aprovação do Bloco 59 estabeleceria um precedente para a expansão ao longo de toda a extensão da Foz do Rio Amazonas. É muito mais fácil para a Petrobras abrir essa para todas as outras [empresas], que já estão esperando para entrar”, aponta Butz. Assim, em um leilão em junho, ao lado da Petrobras, duas gigantes americanas, Exxon Mobil e Chevron, bem como a China National Petroleum Corporation (CNPC), garantiram blocos. Com o processo nas mãos da Petrobras, a licença foi concedida pelo órgão ambiental no momento mais controverso: apenas 20 dias antes do início da Conferência do Clima, em que especialistas climáticos esperavam medidas para que os países caminhassem para longe dos combustíveis fósseis. Realizada no Brasil, a COP30 foi a conferência com a maior presença indígena da história. Mas nos territórios, onde os investimentos da empresa brasileira para exploração de petróleo estão chegando, os povos indígenas denunciam que sua presença está sendo ignorada. “Sofremos grandes pressões políticas”, afirmou, em entrevista ao Joio, Luene Karipuna, coordenadora executiva da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Amapá e Norte do Pará (Apoianp). “A partir do momento que o presidente Lula diz que explorar petróleo na Foz do Amazonas é uma soberania nacional, acaba colocando a gente, que questiona e que busca garantir o direito de consulta prévia, como inimigo da nação brasileira”, conclui. window.addEventListener("message",function(a){if(void 0!==a.data["datawrapper-height"]){var e=document.querySelectorAll("iframe");for(var t in a.data["datawrapper-height"])for(var r,i=0;r=e[i];i++)if(r.contentWindow===a.source){var d=a.data["datawrapper-height"][t]+"px";r.style.height=d}}}); Simulação realizada pela Petrobras em 2015 indicou que, no pior cenário de derramamento, óleo chegaria à costa da Guiana Francesa em 15 horas. O órgão ambiental brasileiro aprovou os estudos de modelagem da petroleira que afirmam não haver toque de óleo na costa brasileira em caso de derramamento  (Fonte: Ibama, Funai, ANA, ANP) De acordo com as organizações indígenas Apoianp e o Conselho de Caciques dos Povos Indígenas de Oiapoque (CCPIO), coordenado por Edmilson Karipuna, a Petrobras apenas organizou reuniões informativas, mas não seguiu o protocolo de consulta para as terras indígenas. A principal preocupação das comunidades é o potencial risco de contaminação do ecossistema local em caso de um vazamento de petróleo.  “A gente sabe que se houver um vazamento, não tem como tirar todo esse petróleo de mangue. Estamos falando de uma área onde a maré é muito forte e que tem a maior extensão de floresta de mangue”, diz Luene Karipuna, referindo-se à maior porção contínua de floresta de mangue do planeta, que está na porção leste da costa do Amapá. Mais de 6 mil indígenas vivem na TI Uaçá. Somando outros dois territórios indígenas reconhecidos oficialmente – Juminá e Galibi –, são 518 mil hectares de floresta protegidos pela legislação brasileira, que servem de fonte cultural e alimentar para as populações locais. Perguntamos à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) sobre como o órgão se posiciona frente às reivindicações dos povos indígenas sobre a exploração de petróleo na região. A Funai não respondeu à reportagem até a data de publicação. UBS com Petrobras, na alegria, na tristeza, e nas profundezas A política de sustentabilidade e risco climático do banco UBS descreve que “transações diretamente relacionadas a ativos de perfuração em águas ultraprofundas estão sujeitas a uma maior diligência em matéria de sustentabilidade e risco climático”, que devem levar em consideração planos de prevenção e “resposta a derramamentos”, assim como o histórico socioambiental da empresa que recebe o investimento. O banco suíço também se compromete a usar diretrizes do Banco Mundial para garantir que as operações financeiras não violem os direitos dos povos indígenas. Entre as práticas a serem seguidas pelos financiadores dos projetos estão a consulta prévia às comunidades e à garantia da manutenção de seus “meios de subsistência baseados em recursos naturais”. O histórico de financiamento do UBS à Petrobras Publicamente, o banco suíço considera atividades que confrontam tais políticas como controversas e afirma que não irá fazer negócios com elas. Quando questionado pela reportagem, porém, o UBS se negou a dar uma resposta detalhada. “Não podemos e não comentamos sobre qualquer relação com potenciais clientes (…) em qualquer empresa específica”, escreveu Andreas Hensler, porta-voz do banco . Ele ressaltou que o UBS aplica os critérios mencionados acima em sua política e reconhece “a importância de uma transição ordenada para uma economia de baixo carbono”. “Seguro impossível e estabilidade financeira inalcançável” Além do risco de um desastre petrolífero na Foz do Amazonas, há a desastrosa estratégia climática da Petrobras. De acordo com a Urgewald, organização ambiental e de direitos humanos alemã, 80% dos recursos que a Petrobras está colocando em produção no curto prazo são incompatíveis com o cenário da Agência Internacional de Energia para limitar as mudanças climáticas a 1,5°C. “Há um alto risco de perda de valor quando se continua a apostar em um sistema do passado”, afirma Klara Butz, da Urgewald. Essas descobertas são confirmadas pelo banco privado suíço Globalance, que publica as trajetórias de aquecimento de milhares de empresas. Ele mostra que a Petrobras está atualmente contribuindo para o aquecimento global em 3,8 graus. O maior grupo de seguros do mundo, Allianz, declarou que um aquecimento de 3°C tornaria “o seguro impossível, a intervenção pública inatingível e a estabilidade financeira inalcançável”. Executor de políticas que negam a emergência do clima, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou em evento promovido pelo banco UBS em novembro que “transição energética é uma das potencialidades do mercado brasileiro” (foto: Leo Orestes/Reprodução Valor Econômico) Visão míope como estratégia de investimento Um estudo recente da consultoria financeira holandesa Ortec Finance mostra que os fundos de pensão suíços correm o risco de perdas de lucros relacionadas ao clima de mais de 30% até 2050. E, no entanto, a demanda pelos títulos da Petrobras em setembro foi mais de três vezes superior à oferta. Os riscos mais baixos associados ao investimento em títulos podem ser a razão para isso. Diferente dos investimentos em ações, detentores de títulos do mercado primário recebem seu investimento original de volta quando o título vence. No caso da emissão da UBS para a Petrobras de setembro deste ano, parte dos títulos vence em 2030 e a outra parte em 2036. Portanto, o maior risco para os investidores é que a Petrobras declare falência e se torne insolvente antes disso. Eles estão apostando, ainda, que a política climática global falhará em cumprir as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris.  Os investidores dos títulos co-coordenados pelo banco suíço em favor da Petrobras, no entanto, permanecem desconhecidos, pela falta de transparência de documentos financeiros. No caso do UBS, um dos principais gestores de ativos do mundo, a lógica é que eles pertençam a sua base de clientes. Isso inclui não apenas os super-ricos nos EUA, Brasil ou Suíça, mas também grandes investidores institucionais, como fundos de pensão. Um véu de opacidade O Joio e o WAV questionaram vários grandes investidores da Petrobras sobre investimentos neste título de dívida em questão e na compra de ações da petroleira. Entre eles estão fundos de pensão suíços, cuja atividade de garantir seguridade social por décadas os torna fortes potenciais compradores de títulos; o brasileiro Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e sua subsidiária financeira, o BNDESPar, entre os quatro maiores acionistas da petroleira; além da BlackRock, uma das maiores gestoras de ativos do mundo que em setembro de 2024 detinha 5% das ações da empresa.  Alessia Torricelli, diretora financeira do fundo de pensão de Genebra, o CPEG, um dos maiores da Suíça, com ativos superiores a 20 bilhões de francos suíços, afirma que exclui empresas que não estão alinhadas com uma transição de baixo carbono.  Quando questionada sobre os planos da Petrobras na Foz do Amazonas, Torricelli acrescenta que a empresa iniciou perfurações exploratórias próximas a uma região sensível em termos de biodiversidade, o que sinaliza ao fundo que “a direção estratégica [da empresa] já está clara e inconsistente com a trajetória de transição que esperamos das empresas de energia”. Da mesma forma, devido a considerações de risco climático, os fundos de pensão Basel-Stadt e Basel-Landschaft não estão investindo na Petrobras. Juntos, eles gerenciam mais de 25 bilhões de francos suíços. Este último acredita que empresas com classificações de governança muito baixas de acordo com a metodologia aplicada pelo fundo prestam atenção insuficiente aos riscos de transição, e a Petrobras se enquadra neste grupo, segundo o fundo. A Publica – o maior fundo de pensão da Suíça com 42 bilhões de francos suíços sob gestão – afirma que não compra títulos da Petrobras porque “em mercados emergentes, investe em títulos do governo, mas não em títulos corporativos”. O BNDES respondeu que “não comenta assuntos relacionados a empresas de capital aberto”. Já a BlackRock se recusou a comentar o pedido de posicionamento da reportagem. Assine nossa newsletter Sexta Básica e receba nossas investigações direto no seu email (function() { window.mc4wp = window.mc4wp || { listeners: [], forms: { on: function(evt, cb) { window.mc4wp.listeners.push( { event : evt, callback: cb } ); } } } })(); Leave this field empty if you're human: “É como se a gente não existisse” O processo de licenciamento da Petrobras não possui estudo de componente — documento do licenciamento ambiental que prevê impactos em territórios — indígena, quilombola ou de outras comunidades tradicionais presentes na região da Foz do Amazonas, como os pescadores, que teriam a segurança alimentar das comunidades diretamente afetada em caso da efetivação dos riscos. A ausência deste documento foi motivo para o Ministério Público Federal entrar com ação na Justiça Federal pedindo a anulação ou a suspensão da licença do Ibama. “O projeto não cita a população indígena, como se a gente não vivesse nesta região”, denuncia Edmilson Karipuna, do CCPIO. “Somos aproximadamente 10 a 12 mil indígenas que vivem aqui, com quatro povos, os Karipuna, Palikur-Arukwayene, Galibi Marworno e Galibi Kali’na, e a gente tem sido invisibilizado até o momento.” Mesmo não sendo da competência do Ibama realizar estudos de impacto em territórios tradicionais, o instituto registrou em pareceres técnicos a reivindicação indígena de realização de consulta prévia por parte da petroleira. Rio Urucauá tem extensão de 73 km e corta Terra Indígena Uaçá; Oiapoque e vários outros rios ligam comunidades e são fonte de alimento (fotos: Edmilson dos Santos Oliveira Karipuna) Para o advogado, professor de Direito Ambiental e assessor de Políticas Públicas do Observatório do Clima (OC), Fábio Ishisaki, a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário, não livra empresas de realizar consulta pública em caso de empreendimentos sob qualquer suspeita de risco socioambiental. “Argumentar que a consulta tem que ser só na fase de exploração é desconsiderar os potenciais danos dessa fase de pesquisa que, apesar do nome ‘pesquisa’, é uma intervenção no meio ambiente. Juridicamente, a convenção já dá o subsídio para que tenha a obrigação de consulta sempre que tenha algum risco aos territórios”. Para ele, a postura da Petrobras poderia ter sido outra, mesmo que a legislação brasileira não a obrigue a fazer consultas formais. “Estudos internacionais sobre a aceitabilidade de empreendimentos falam que é benéfico para o próprio empreendedor aproximar os afetados das tomadas de decisões, evitando tanta resistência às suas atividades. Não tem nenhum prejuízo a Petrobras realizar consultas, isso fortalece as boas práticas”, sugere Ishisaki. Acidentes em plataformas de extração Na contramão, um parecer técnico do próprio Ibama de 2025, baseado em estatísticas históricas entre 1975 e 2014, destacou que as atividades de perfuração foram responsáveis por 95% dos acidentes ocorridos em plataformas de extração em águas profundas em todo o mundo. Morpho, o chamado poço da Petrobras na Foz do Amazonas, está a 2.980 metros de profundidade. A distância é quase o dobro do Deepwater Horizon, operação de extração no Golfo do México que resultou em um vazamento de 880 milhões de m³ de óleo em 2010. O Ibama também apontou que “a presença da Petrobras nem sempre é sinônimo de fortalecimento dos cuidados ambientais em áreas nas quais atua”, remontando ao vazamento de óleo numa plataforma petrolífera da empresa em 2019, quando esta não reportou o desastre a tempo de evitar que o óleo tocasse a costa do Rio de Janeiro. Organizações ambientais brasileiras também apontaram falhas na modelagem atual da Petrobras. “O modelo não considera as características da região, como o comportamento de correntes subsuperficiais, a presença de sedimentos na coluna d’água, entre outros fatores como o uso de dispersantes, que interferem na dinâmica de dispersão e afundamento do óleo”, argumentam ONGs que ajuizaram uma ação judicial contra a empresa. A Petrobras tem um histórico de vazamentos de petróleo em outras operações no Brasil. Em 2000, quatro milhões de litros de petróleo cru foram derramados na região sul do país, contaminando rios da Mata Atlântica, como o Iguaçu e o Barigui, o que resultou numa indenização bilionária para a petrolífera. Em 2004, dentro do mesmo bioma, um vazamento de 266 mil litros de petróleo poluiu o litoral de São Paulo. Para despesas relacionadas a processos judiciais que enfrenta por questões ambientais, a empresa provisionou US$ 228 milhões em 2025. *Esta reportagem foi apoiada por JournaFonds. Artigo Banco suíço vende títulos da Petrobras com risco Amazônia  publicado em O Joio e O Trigo.

A proposed critical minerals mine in southern Arizona that was the first added to a federal permitting process designed to be quicker and more transparent has reported water with levels exceeding the state’s regulatory limits of a mineral that can damage the heart, lungs, stomach and eyes. On Tuesday, the Arizona Department of Environmental Quality (ADEQ) told Inside Climate News that it is launching an investigation into the discharges.  The post Arizona launches investigation into proposed Hermosa mine’s contaminated water discharge near Patagonia appeared first on AZ Luminaria.

Feed icon
Arizona Luminaria
CC BY-ND🅭🅯⊜

A proposed critical minerals mine in southern Arizona that was the first added to a federal permitting process designed to be quicker and more transparent has reported water with levels exceeding the state’s regulatory limits of a mineral that can damage the heart, lungs, stomach and eyes. On Tuesday, the Arizona Department of Environmental Quality (ADEQ) told Inside Climate News that it is launching an investigation into the discharges.  The post Arizona launches investigation into proposed Hermosa mine’s contaminated water discharge near Patagonia appeared first on AZ Luminaria.

Critics argue the city could do more to tackle its food waste problem.

Feed icon
Sentient
Attribution+

Critics argue the city could do more to tackle its food waste problem.

26 minutes

Ponte Jornalismo
Feed icon

No terceiro episódio do podcast "O Luto e a Luta: os 10 anos da chacina de Osasco e Barueri" — parceria da Central 3 com a Ponte Jornalismo — contamos a história das polícias e relembramos os principais massacres em SP. Ouça aqui. O conteúdo O Luto e a Luta: A máquina de matar Pode ser acessado em Ponte Jornalismo.

Feed icon
Ponte Jornalismo
Attribution+

No terceiro episódio do podcast "O Luto e a Luta: os 10 anos da chacina de Osasco e Barueri" — parceria da Central 3 com a Ponte Jornalismo — contamos a história das polícias e relembramos os principais massacres em SP. Ouça aqui. O conteúdo O Luto e a Luta: A máquina de matar Pode ser acessado em Ponte Jornalismo.

Human Rights Watch заявляет о систематических пытках украинских военнопленных в российском плену, называя это военными преступлениями и призывая к привлечению виновных к ответственности

Feed icon
Радио Свобода
Attribution+

Human Rights Watch заявляет о систематических пытках украинских военнопленных в российском плену, называя это военными преступлениями и призывая к привлечению виновных к ответственности

רב ערב 11.12.25
CC BY-NC-ND🅭🅯🄏⊜

27 minutes

ערב רב
Feed icon

"רעיל וקוצני" / מלי דה־קאלו, לי ברבו | תערוכות סתיו בגלריה העירונית לאמנות בראשון לציון | קיר אמן קבוצתי של משתתפי.ות אינקובטור האמנים.ות 2025 | רב שיח בגלריה גבעת חביבה | מפגש מיוחד בתערוכה "״עידן הדלי: זירות גופניות של ציור" הפוסט רב ערב 11.12.25 הופיע ראשון בערב רב Erev Rav

Feed icon
ערב רב
CC BY-NC-ND🅭🅯🄏⊜

"רעיל וקוצני" / מלי דה־קאלו, לי ברבו | תערוכות סתיו בגלריה העירונית לאמנות בראשון לציון | קיר אמן קבוצתי של משתתפי.ות אינקובטור האמנים.ות 2025 | רב שיח בגלריה גבעת חביבה | מפגש מיוחד בתערוכה "״עידן הדלי: זירות גופניות של ציור" הפוסט רב ערב 11.12.25 הופיע ראשון בערב רב Erev Rav

Giza kate bat egin dute Iruñean. Parlamentuak lege egitasmo bat egitea proposatu dute, eta hori gero Madrilera eramatea.

Feed icon
Berria
CC BY-SA🅭🅯🄎

Giza kate bat egin dute Iruñean. Parlamentuak lege egitasmo bat egitea proposatu dute, eta hori gero Madrilera eramatea.

Prokuroria Themelore Publike (PTHP) e Kriva Pallankës ngriti aktakuzë kundër babait dhe dy vajzave të tij për kryerjen e veprës penale – pengimin e zyrtarëve nga kryerja e detyrave zyrtare, transmeton Portalb.mk. Në përshkrimin e rastit nga Prokuroria, thuhet se më 2 dhjetor, babai dhe dy vajzat e tij në vendin Samokov, pranë fshatit Luçe […]

Feed icon
Portalb
CC BY🅭🅯

Prokuroria Themelore Publike (PTHP) e Kriva Pallankës ngriti aktakuzë kundër babait dhe dy vajzave të tij për kryerjen e veprës penale – pengimin e zyrtarëve nga kryerja e detyrave zyrtare, transmeton Portalb.mk. Në përshkrimin e rastit nga Prokuroria, thuhet se më 2 dhjetor, babai dhe dy vajzat e tij në vendin Samokov, pranë fshatit Luçe […]

对结束俄乌冲突方案的讨论仍在各方继续进行,周三(12月11日)晚间乌克兰向美国递交了其最新计划版本,内容并未对外透露。德国总理默茨周四与北约秘书长会谈,默茨表示,乌克兰递交提案主要涉及乌克兰愿意做出哪些领土让步的问题。与此同时,美国总统特朗普对基辅和欧洲日益表现不耐烦,称美国“不想浪费时间”。周四,由巴黎和伦敦主导的支持乌克兰“志愿者联盟”将举行新一轮会议,就乌克兰的“安全保障”问题推进工作。

Feed icon
法国国际广播电台
Attribution+

对结束俄乌冲突方案的讨论仍在各方继续进行,周三(12月11日)晚间乌克兰向美国递交了其最新计划版本,内容并未对外透露。德国总理默茨周四与北约秘书长会谈,默茨表示,乌克兰递交提案主要涉及乌克兰愿意做出哪些领土让步的问题。与此同时,美国总统特朗普对基辅和欧洲日益表现不耐烦,称美国“不想浪费时间”。周四,由巴黎和伦敦主导的支持乌克兰“志愿者联盟”将举行新一轮会议,就乌克兰的“安全保障”问题推进工作。

對結束俄烏衝突方案的討論仍在各方繼續進行,周三(12月11日)晚間烏克蘭向美國遞交了其最新計畫版本,內容並未對外透露。德國總理默茨周四與北約秘書長會談,默茨表示,烏克蘭遞交提案主要涉及烏克蘭願意做出哪些領土讓步的問題。與此同時,美國總統特朗普對基輔和歐洲日益表現不耐煩,稱美國“不想浪費時間”。周四,由巴黎和倫敦主導的支持烏克蘭“志願者聯盟”將舉行新一輪會議,就烏克蘭的“安全保障”問題推進工作。

Feed icon
法國國際廣播電台
Attribution+

對結束俄烏衝突方案的討論仍在各方繼續進行,周三(12月11日)晚間烏克蘭向美國遞交了其最新計畫版本,內容並未對外透露。德國總理默茨周四與北約秘書長會談,默茨表示,烏克蘭遞交提案主要涉及烏克蘭願意做出哪些領土讓步的問題。與此同時,美國總統特朗普對基輔和歐洲日益表現不耐煩,稱美國“不想浪費時間”。周四,由巴黎和倫敦主導的支持烏克蘭“志願者聯盟”將舉行新一輪會議,就烏克蘭的“安全保障”問題推進工作。

El Gobierno de Nicolás Maduro ha denunciado con dureza la confiscación de un barco petrolero cercano a sus costas por parte de fuerzas estadounidenses, un episodio que Caracas interpreta como la confirmación de una estrategia histórica de presión para apropiarse del petróleo venezolano.

Feed icon
Mundiario
CC BY-SA🅭🅯🄎

El Gobierno de Nicolás Maduro ha denunciado con dureza la confiscación de un barco petrolero cercano a sus costas por parte de fuerzas estadounidenses, un episodio que Caracas interpreta como la confirmación de una estrategia histórica de presión para apropiarse del petróleo venezolano.